Real Madrid elimina Atlético e encara Juventus na final da Liga

Real Madrid elimina Atlético e encara Juventus na final da Liga

Equipe perdeu por 2 a 1, mas avançou pelo saldo de gols

AFP

Real Madrid elimina Atlético

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O Atlético de Madrid deu pinta de que poderia buscar uma 'remontada' histórica, nesta quarta-feira na partida de volta das semifinais da Champions, mas teve que se contentar com uma vitória magra por 2 a 1 sobre o Real Madrid, que ficou com a vaga para encarar a Juventus na final da competição.

No jogo de ida, no Santiago Bernabéu, Cristiano Ronaldo havia roubado a cena, marcando os três gols do Real na partida (3-0) que valeram ao time merengue uma enorme vantagem para o segundo jogo.

No Vicente Calderón, o Atlético, que precisava devolver o placar do primeiro duelo pra levar a decisão da vaga na final para os pênaltis, chegou a abrir 2 a 0 nos 15 primeiros minutos de jogo, com Sául Ñíguez (11) e o francês Antoine Griezmann (15), mas Isco marcou o gol do Real e selou a classificação merengue.

Com o resultado, o Real, atual campeão, buscará se tornar o primeiro time da era moderna da Liga dos Campeões a conquistar o título europeu em dois anos consecutivos.

Para isso, terá que derrotar a forte equipe da Juventus, que na terça-feira eliminou o Monaco (2-0, 2-1) na outra semifinal. A decisão acontecerá no dia 3 de junho, em Cardiff, no País de Gales.

Já o Atlético de Madrid, atual vice-campeão da Champions, se viu eliminado pelo arquirrival pela quarta vez consecutiva na competição, algo inédito.

Pressão e esperança 

Como era de se esperar, o Atlético, apático no primeiro jogo, entrou em campo a mil por hora em busca da famosa 'remontada' em casa, diante de sua fanática torcida. A estratégia de Diego Simeone era apostar na forte marcação pressionando a saída de bola do Real e no sólido jogo aéreo de sua equipe.

Do outro lado do campo, o Real Madrid de Zinedine Zidane jogava com o regulamento debaixo do braço. A ordem era segurar o ímpeto inicial do Atlético e, com o passar do tempo e o provável desespero do time local, aproveitar os espaços para selar a classificação à final com um gol.

Os primeiros 15 minutos, porém, foram de tirar o fôlego e nem o mais otimista dos torcedores do Atlético imaginava que a equipe conseguiria diminuir praticamente todo o prejuízo em que se meteu no jogo de ida.

Aos 10, a forte marcação colchonera deu certo e o time partiu em contra-ataque com Griezmann, que chutou prensado pela defesa, ganhando escanteio.

Koke cobrou na primeira trave, Sául subiu mais alto que Cristiano Ronaldo e cabeceou com força. O goleiro Keylor Navas ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o gol do Atlético. Com o Vicente Calderón borbulhando em vermelho e branco, o Atlético seguiu inteiramente voltado ao ataque e, aproveitando outra roubada de bola, construiu seu segundo gol. No lance, aos 15, Gabi tomou bola de Modric no meia e tocou para Griezmann. O francês escapou da marcação e lançou Fernando Torres dentro da área. 'El Niño' fez a proteção com o corpo, mas foi derrubado por Varane, que tentou dar o bote. O árbitro deu pênalti.

Na cobrança, Griezmann chegou a assustar sua torcida, escorregando levemente na hora do chute, o que possibilitou a Navas encostar na bola, mas ela foi morrer no fundo das redes. 2 a 0 para o Atlético. O impossível se aproximava.

Desta vez, curiosamente, a ordem no Atlético não foi aproveitar o ímpeto e buscar logo um necessário terceiro gol.
Simeone preferiu acalmar o jogo, como se acreditasse que continuar jogando de maneira frenética seria desgastante demais para sua equipe, o que levaria a um final de jogo perigoso, qualquer que fosse o resultado.

Real encontra seu jogo

Cristiano Ronaldo e companhia agradeceram a atitude mais branda do raçudo rival e começaram a mandar no jogo, com trocas de passes envolventes dos ótimos meias Modric e Kroos.

Com isso, o jogo ficou morno, exatamente como Zidane queria, até Benzema carimbar de vez a vaga na final da Liga dos Campeões para o Real com uma jogada individual digna de aplausos em pé.

Aos 41 minutos, o atacante francês recebeu na ponta esquerda e, com lindas fintas de corpo e um drible desconcertante, se livrou da marcação de três defensores do Atlético, invadiu a área e rolou para Kroos encher o pé. Oblak fez milagre ao defender no reflexo, mas o rebote sobrou para Isco, que só empurrou para as redes.

O gol do Real foi uma verdadeira ducha de água fria na torcida colchonera: o Atlético voltava a precisar de três gols.
Assim como no jogo de ida, Simeone não pareceu ser capaz de motivar seus jogadores no intervalo e o time local voltou a campo cabisbaixo, se tornando preza fácil para um Real tecnicamente muito superior, principalmente no meio de campo.

Cristiano Ronaldo, sumido em campo no primeiro tempo, começou a gostar do jogo e aparecer para tentar deixar o seu.
Aos 12, Marcelo recebeu na ponta esquerda e cruzou rasteiro para CR7, que se adiantou da marcação e pegou de canhota, mas mandou para fora.

Aos 21, o craque português chegou até a balançar as redes, desviando levemente um chute de fora da área de Modric, mas estava impedido e o árbitro anulou o lance corretamente.

O Atlético só foi mostrar sinais de vida aos 25, quando Carrasco recebeu na entrada da área, se livrou da marcação e chutou forte. Navas pegou. No rebote, Gameiro tentou cabecear, mas o goleiro costarriquenho se recuperou e fez outra bela defesa, salvando a meta do Real.

Nos minutos finais da partida, um Atlético entregue tentava de maneira bagunçada chegar ao gol do Real para agradecer o incrível apoio que recebia das arquibancadas do Vicente Calderón, que viu assim sua última partida internacional antes do clube colchonero se mudar para sua nova casa, o Wanda Metropolitano, na próxima temporada.

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