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‘Seria um desrespeito com o torcedor do próprio São José querer mandar o jogo em Ijuí ou Pelotas’, afirma presidente da FGF

Após reclamações do Zequinha sobre local do jogo contra o Inter, Luciano Hocsman alega que clube criou narrativa incorreta sobre a situação

São José perdeu para o Inter na terça-feira em partida marcada por muitas reclamações
São José perdeu para o Inter na terça-feira em partida marcada por muitas reclamações Foto : Mauro Schaefer

A vitória do Inter, nos últimos minutos, sobre o São José, na terça-feira, foi marcada por uma série de reclamações do São José. Na entrevista coletiva, o técnico do Zequinha, Rogério Zimmermann, atirou em várias direções. As críticas foram tanto sobre a atuação do árbitro Anderson Daronco quanto sobre o local da partida. Com o estádio Francisco Novelletto impedido de receber partidas após a briga entre as torcidas de São José e Pelotas, na primeira rodada, o duelo com os colorados acabou sendo no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo.

A intenção do Zequinha, já que não podia jogar em casa, era mandar a partida longe de Porto Alegre. Bem longe. Procurado pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para sugerir o local, as indicações foram o 19 de Outubro, em Ijuí, e a Boca do Lobo, em Pelotas – o primeiro a 403km de Porto Alegre, o segundo a 272km. A FGF então fez valer o regulamento e definiu que o jogo seria em Novo Hamburgo.

"É preciso retomar a verdade, porque o São José faz uma narrativa como se a Federação tivesse tirado o mando de campo, quando não houve isso. A causa da impossibilidade do uso do estádio é exclusivamente do São José”, afirma o presidente da FGF, Luciano Hocsman.

Escolha do local é prerrogativa da Federação

O dirigente confirma que o clube foi de fato procurado, mas que a decisão, por regulamento, é uma prerrogativa da FGF. “A indicação do clube poderia acontecer se fosse o caso de perda de mando de campo, de punição, não é o caso. E mesmo assim, se a Federação entende que essa escolha causa desequilíbrio técnico, pode vetar”, explica.

De acordo com Hocsman, um dos critérios ao se montar a tabela do Gauchão é a quilometragem que cada time vai percorrer. Assim, não faria sentido um jogo entre duas equipes de Porto Alegre ser disputada tão longe da Capital. “Seria um desrespeito com o torcedor do próprio São José querer mandar o jogo em Ijuí ou Pelotas”, explica o dirigente, que ainda observa: “Não é difícil de entender porque o São José buscou essa alternativa. Mas aí é uma leitura que o torcedor pode fazer. Estamos aqui para analisar o que é proposto e decidir de forma adequada”.

A tabela prevê que o próximo jogo do Zequinha em casa é no dia 6 de fevereiro. No entanto, ainda não há garantias de que isso ocorra. O estádio ainda precisa passar por uma nova vistoria da Brigada Militar. A liberação só deve ocorrer caso sejam feitas as obras indicadas pelo Corpo de Bombeiros. De parte da Federação, a garantia é de que a entidade será ágil na regularização, desde que a documentação não seja entregue na véspera da partida contra o Ypiranga.

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