Sindicato dos Atletas recupera R$ 3,2 milhões com ex-dirigentes

Sindicato dos Atletas recupera R$ 3,2 milhões com ex-dirigentes

Fontes consultadas pelo CP confirmaram que os valores recuperados foram obtidos nas contas bancárias de Jorge Ivo Amaral da Silva e Paulo César Beneduzi Mocellin

Fabrício Falkowski

Siapergs é alvo de uma investigação do Ministério Público que apura desvios de cerca de R$ 8 milhões – ou R$ 10 milhões

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O Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul (Siapergs) divulgou nota na tarde de sexta-feira afirmando que, após “inúmeros esforços que vem empreendendo desde a descoberta de irregularidades financeiras no âmbito da entidade”, conseguiu recuperar R$ 3,2 milhões. Os recursos foram usados, segundo o Siapergs, para o pagamento de “diferenças apuradas do Direito de Arena devido aos jogadores no período de 2015 a 2019”. 

Fontes consultadas pelo CP confirmaram que os R$ 3,2 milhões recuperados pela entidade foram obtidos nas contas bancárias de dois de seus ex-dirigentes: Jorge Ivo Amaral da Silva e Paulo César Beneduzi Mocellin. O primeiro era vice-presidente da entidade, mas foi afastado após assumir a responsabilidade pelos desvios em uma declaração assinada em cartório. Mocellin, por sua vez, era o presidente do Siapergs quando o caso foi descoberto, mas pediu afastamento do cargo por ter laços de parentesco com Ivo Amaral. 

O Siapergs é alvo de uma investigação do Ministério Público que apura desvios de cerca de R$ 8 milhões – ou R$ 10 milhões, segundo os números do próprio sindicato – entre 2015 e 2020. Na última quarta-feira, a Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre do MP deflagrou a Operação Sindicasta, cumprindo uma série de mandados de busca e apreensão na residência de ex-dirigentes do Siapergs. O caso foi relatado em duas matérias do CP, publicadas na última quinta e no último domingo.

Segundo o MP, “após os desvios, os investigados, em manobras características do crime de lavagem de capitais, na tentativa de dificultar a localização dos valores apropriados, realizaram depósitos em nome de terceiros, (...) parentes ou pessoas próximas”. Depois da ação de busca e apreensão, a investigação seguirá com a quebra do sigilo bancário dos envolvidos. Em seguida, o MP colherá depoimentos. 

Em tese, os jogadores do Rio Grande do Sul, principalmente aqueles cujos clubes participam do Campeonato Gaúcho, do Brasileirão (de todas as séries) e da Copa do Brasil, são os principais lesados pelo esquema. Afinal, segundo a investigação, a maior parte dos valores desviados deveriam ter sido usados para o pagamento dos “direitos de arena” dos profissionais de futebol do Estado.


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