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Especial

STJ determina que Robinho entregue o passaporte à Justiça

Atleta tem cinco dias para levar documento; ele foi condenado a nove anos de prisão por estupro de uma jovem na Itália, em 2013

Robinho cometeu o crime de estupro em 2013, quando ainda era jogador do Milan | Foto: Olivier Morin / AFP / CP

O Ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Francisco Falcão acatou ao pedido do MPF (Ministério Público Federal) e determinou, na tarde desta sexta-feira (24), que Robinho entregue o passaporte à Justiça Brasileira. O ex-atacante tem cinco dias para levar o documento.

De acordo com o pedido do MP, existe a possibilidade de que o jogador saia do país e, por isso, é importante a retenção do documento.

"O requerido já foi condenado criminalmente por grave crime perpetrado no exterior e, considerando que sua capacidade econômica e social favorecem eventual evasão da jurisdição brasileira, mostra-se imprescindível que se imponha ao requerido a proibição de ausentar-se do país com a retenção de seu passaporte."

Ontem, o advogado José Eduardo Alckmin, responsável pela defesa do atleta, afirmou que a documentação seria entregue voluntariamente. 

Entenda o caso

De acordo com as investigações e condenação na Justiça italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário.

O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017 e em janeiro de 2022, Robinho foi condenado em última instância pela Justiça italiana.

Na última semana, os advogados do jogador informaram um endereço válido no qual o atleta de 39 anos poderia ser encontrado após a Justiça procurá-lo em três locais.

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, em decisão publicada no dia 23 de fevereiro, afirma que a sentença italiana atende a requisitos para ser reconhecida no Brasil e cita como precedente uma decisão do ministro e ex-presidente Humberto Martins, que reconheceu a validade do procedimento ao acolher pedido de Portugal e decidir, em abril de 2021, pelo cumprimento da pena no país de Fernando de Almeida Oliveira.

Almeida foi condenado em todas as instâncias da Justiça portuguesa a 12 anos de prisão pelos crimes de roubo, rapto e violação de burla informática.

A execução de sentença estrangeira está prevista na Constituição Federal e é amparada pela Lei de Imigração. O governo italiano pediu a extradição de Robinho em novembro do ano passado, mas o governo de Jair Bolsonaro negou o pedido baseado na Constituição Federal de 1988, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.

R7