Suspenso pela Fifa, Blatter afirma que só quer defender sua honra
Ex-dirigente ficará afastado da entidade por oito anos
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Na semana passada, o Comitê de Ética baniu Blatter e o presidente da Uefa, Michel Platini, por "abuso de poder". Ambos foram suspensos de qualquer atividade relacionada ao futebol por oito anos em razão de um pagamento suspeito do suíço ao francês no valor de US$ 2 milhões. O pagamento foi feito em 2011 e se refere, segundo Platini e Blatter, a salários relativos ao trabalho do francês como consultor da Fifa entre os anos de 1998 e 2002.
As suspeitas são de que Platini teria recebido o valor para não concorrer com Blatter nas eleições presidenciais de 2011, o que o ex-jogador nega. Os investigadores, porém, alertam que o caso ainda implicaria em uma falsificação do balanço financeiro da Fifa, que jamais incluiu o valor em seus informes.
Os dois vão recorrer à Corte Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em inglês), com sede na Suíça, contra a punição. "Essas falsas acusações me deram energia. Depois do Natal vou começar a reagir", declarou Blatter na prévia da entrevista, que será publicada pela revista alemã nesta quarta-feira.
O ex-jogador francês e presidente afastado da Uefa também foi banido e não poderá concorrer à eleição da entidade no próximo mês de fevereiro, quando será definido o sucessor de Blatter.
Atualmente, estão confirmados como candidatos à presidência da Fifa Ali Al Hussein, Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, Jérôme Champagne, Tokyo Sexwale e Gianni Infantino, este último secretário-geral da Uefa, que abriria mão de concorrer ao cargo se Platini fosse liberado a participar do pleito.