Voltar com Gauchão seria uma irresponsabilidade coletiva, diz prefeita de Pelotas

Voltar com Gauchão seria uma irresponsabilidade coletiva, diz prefeita de Pelotas

Paula Mascarenhas destacou que equipes da cidade não estão treinando por conta da pandemia de Covid-19

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Paula Mascarenhas acredita que o Rio Grande do Sul deve esperar mais para a volta do Gauchão

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Após registrar a segunda morte por Covid-19 nas últimas horas, Pelotas avalia com cuidado o combate à doença na cidade. A prefeita Paula Mascarenhas conversou nesta segunda-feira com a Rádio Guaíba e falou também sobre o possível retorno do futebol gaúcho em julho, mas acredita que a volta do esporte seria uma temeridade para o Rio Grande do Sul. 

"A ideia era voltar com o treinamentos em julho, já que o Gauchão voltaria neste mês, mas isso não está sendo possível. Eu, sinceramente, acho que não deveria acontecer. Eu acho que seria uma irresponsabilidade nossa, coletiva, de retornar com o Campeonato Gaúcho. Não tenho como deixar de dizer isso. Claro que não tenho como tomar uma decisão, isso se relaciona com o Estado inteiro, mas a minha posição pessoal é de que deveríamos esperar. Sei que o campeonato mexe com a economia de vários segmentos, mas acho pior provocar um aumento no número de infectados, correndo o risco de perder pessoas", disse Paula. 

A prefeita disse ainda que aguarda um retorno do governador Eduardo Leite sobre o tema, mas reiterou que o Rio Grande do Sul vive um momento de preocupação com a Covid-19. "Eu estou bem preocupada com o futebol em Pelotas e aguardo um parecer definitivo do governador sobre o assunto. Os times daqui não estão treinando e elogio a postura dos dirigentes, que em nenhum momento nos pressionaram. Eles estão preocupados com a saúde dos atletas", argumentou. 

Paula Mascarenhas explicou ainda que não há uma boa resposta para o retorno do futebol e que a proposta de limitar as sedes do Gauchão também encontra impedimentos. "Se as nossas equipes fossem para uma cidade que está com uma bandeira pior que a nossa, nós correríamos riscos. Se outras equipes viessem para cá, também correriam riscos. Teríamos que ter protocolos, inclusive para hotéis. Sei que há muitos fãs de futebol no Estado, eu também sou, mas precisamos ter responsabilidade e preservar os atletas", salientou. 

Conforme Paula Mascarenhas, o fato de Pelotas estar classificada como uma região de bandeira laranja fez com que a cidade proibisse a realização de jogos envolvendo esportes em dupla, como tênis de quadra e paddle. 

Médico do Brasil de Pelotas 

A segunda morte de Pelotas relacionada ao novo coronavírus foi a do médico do Brasil de Pelotas José Raymundo, de 71 anos. Ele estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. O Xavante decretou luto de sete dias se solidarizou com a família do médico. 

Raymundo, que atuava na área de ortopedia e traumatologia, tinha grande ligação com o futebol. Além do Brasil, onde atuava desde 2018, trabalhou por mais de dez anos nos outros dois clubes da cidade, o Esporte Clube Pelotas e o Grêmio Atético Farroupilha. 


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