França e Croácia decidem Copa em final surpreendente

 A Copa do Mundo da Rússia chega ao seu término neste domingo com uma das finais mais surpreendentes de todos os tempos, quando a partir das 12h (horário de Brasília), França e Croácia começam a disputar o título, no Estádio Luzhniki, em Moscou. Os Bleus chegaram à decisão ao bater a Bélgica nas semifinais e buscam o bicampeonato, enquanto que os croatas superaram a Inglaterra e vão em busca da conquista inédita da taça.

Antes do início da partida, ocorrerá a cerimônia de encerramento da competição. O evento terá a participação do músico latino Nicky Jam, que irá apresentar a música tema do Mundial, "Live it Up", e também do ator Will Smith e da cantora albanesa Era Istrefi.

Há exatos 20 anos, França e Croácia se enfrentaram numa das semifinais da Copa disputada em terras francesas no Stade de France, em Saint-Denis. Os croatas saírem na frente com gol de Suker, mas os franceses viraram para 2 a 1, com dois gols de Liliam Thuram, e foram à final quando bateram o Brasil por 3 a 0 e levantaram o primeiro e único troféu de sua história. Já os eslavos ficaram em terceiro após vencer a Holanda por 2 a 1.Agora o confronto vale taça. E os Bleus acreditam no retrospecto diante do rival - até hoje foram cinco partidas entre as duas seleções, com três vitórias francesas e dois empates.

A França estará completa e entra confiante após ter batido a Bélgica por 1 a 0 na semifinal. O técnico Didier Deschamps, campeão do mundo em 1998 como meio-campista, tem um forte ataque formado por Griezmann, Giroud e Mbappé, este candidato a ser escolhido o melhor jogador do Mundial, e com apenas 19 anos. Até o momento, nos seis jogos realizados na Rússia, a França venceu cinco jogos, dois na primeira fase, 2 a 1 na Austrália, 1 a 0 no Peru, 4 a 3 na Argentina nas oitavas de final, 2 a 0 no Uruguai nas quartas de final, e o 1 a 0 na Bélgica. Houve ainda um empate em 0 a 0 com a Dinamarca na fase de grupos.

Pelo lado da Croácia, jovem país surgido apenas em 1991 depois da fragmentação da Iugoslávia, a campanha surpreende. O time só chegou ao Mundial depois de disputar a repescagem europeia, quando superou a Grécia. Já na Rússia, teve 100% de aproveitamento na primeira fase, quando bateu a Nigéria por 2 a 0, a Argentina por 3 a 0 e a Islândia por 2 a 1. Depois, os croatas disputaram três prorrogações completas nas fases de mata-mata. Nas oitavas de final, eliminaram a Dinamarca nos pênaltis, nas quartas de final despacharam também nas penalidades a Rússia, até bater na prorrogação a Inglaterra nas semifinais por 2 a 1, de virada. Assim, a equipe do técnico Zlatko Dalic jogou 90 minutos a mais do que a França, ou seja, realizou uma partida a mais.

Além disso, os croatas enfrentaram problemas no caminho até a decisão. O atacante Kalinic foi cortado após o jogo contra a Nigéria, por se negar a entrar em campo aos 40 minutos do segundo tempo. A equipe ainda foi multada pela FIFA por "comportamento antidesportivo" em R$ 58,8 mil reais por causa de um vídeo publicado nas redes sociais onde o zagueiro Vida e o integrante da comissão técnica Ognjen Vukojevic dedicaram a vitória da Croácia sobre a Rússia nas quartas de final para o Dynamo Kiev e para a Ucrânia, país em conflito com os russos desde 2014.

Copa do Mundo – Final

França
Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernandez; Kante, Matuidi e Pogba; Mbappe, Griezmann e Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

Croácia
Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic; Rakitic, Brozovic, Rebic, Modric e Perisic; Mandzukic. Técnico: Zlatko Dalic.
Árbitro: Nestor Pitana (Argentina).

Local: Estádio Luzhniki, em Moscou.
Início: 12h (de Brasília), no Estádio Luzhniki.