China planeja revisar projeto de restrições a jogos eletrônicos online

China planeja revisar projeto de restrições a jogos eletrônicos online

Notícia do pacote de medidas provocou a queda expressiva das ações do setor na sexta-feira na Bolsa

AFP

Tencent, líder mundial do setor em termos de receita, encerrou a sessão da Bolsa de Hong Kong em queda de 12,4%

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O governo da China planeja revisar as novas restrições que pretende impor aos jogos eletrônicos online, informou o canal estatal CCTV neste sábado (23), depois que a notícia do pacote de medidas provocou a queda expressiva das ações do setor na sexta-feira na Bolsa. A China é o maior mercado mundial de jogos eletrônicos e o anúncio das medidas - que pretendem lutar contra a dependência entre a população - abalou o mundo da tecnologia, que perdeu dezenas de bilhões de dólares em capitalização de mercado.

A cotação da Tencent, líder mundial do setor em termos de receita, encerrou a sessão da Bolsa de Hong Kong em queda de 12,4%. "Levando em consideração as preocupações e opiniões expressas por todas as partes, as autoridades chinesas examinarão com prudência as novas medidas previstas, para revisá-las e melhorá-las", segundo a CCTV.

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Os reguladores podem modificar termos no projeto que estabelecem limites para a recarga das contas dos jogadores e para a capacidade de conexões de uma pessoa a cada dia, acrescentou a emissora estatal. As primeiras medidas de Pequim para regulamentar o setor de jogos eletrônicos foram anunciadas em 2021 e estabeleceram um limite rigoroso de tempo para os menores de idade: durante o ano letivo as pessoas com menos de 18 anos só podem jogar entre 20h e 21h às sextas-feiras, sábados e domingos.

O projeto anunciado na sexta-feira pela agência reguladora chinesa pretende limitar as compras de uma pessoa em um jogo e prevenir os comportamentos compulsivos. O projeto de regulamentação também reitera a proibição de conteúdos de jogos online que colocam "em perigo a unidade nacional e representam uma ameaça à segurança nacional ou que prejudicam a reputação e os interesses nacionais"


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