Colonial Pipeline pagou resgate de 4,4 milhões de dólares após ciberataque

Colonial Pipeline pagou resgate de 4,4 milhões de dólares após ciberataque

CEO Joseph Blount disse que pagamento foi uma "decisão altamente controversa", mas necessária

AFP

CEO Joseph Blount disse que pagamento foi uma "decisão altamente controversa", mas necessária

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A Colonial Pipeline pagou um resgate de 4,4 milhões de dólares a um grupo de hackers após um ataque cibernético contra a sua rede de oleodutos nos Estados Unidos, considerando que "foi a coisa certa a se fazer pelo país", informou nesta quarta-feira o Wall Street Journal.

O CEO da Colonial Pipeline, Joseph Blount, disse ao jornal que o pagamento foi uma "decisão altamente controversa", mas necessária devido ao desligamento que afetou a rede de dutos nos Estados Unidos.

Seus comentários foram a primeira admissão pública de que a empresa pagou para recuperar o controle da rede depois que os hackers acessaram seus servidores.

Na quinta-feira passada, a Colonial anunciou que havia restaurado as operações e as entregas de combustível em todos os mercados após o bloqueio de 7 de maio.

A paralisação gerou um frenesi de compras de gasolina no leste dos Estados Unidos com a consequente alta dos preços. Para aliviar a escassez, o governo federal suspendeu os regulamentos de poluição do ar, bem como os regulamentos de embarque e transporte.

Indivíduos desconhecidos bloquearam na sexta-feira os servidores do DarkSide, uma entidade supostamente com sede na Rússia que pratica extorsão informática e que é acusada de estar por trás da operação contra a Colonial.

Depois de pagar o resgate na noite de 7 de maio, a Colonial recebeu dos rackers uma ferramenta de descriptografia. O pagamento foi feito em bitcoins, de acordo com o Wall Street Journal. O incidente custará à Colonial dezenas de milhões de dólares adicionais para restaurar totalmente as operações nos próximos meses, disse Blount.


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