EUA comemoram "consenso internacional crescente" em torno da Huawei

EUA comemoram "consenso internacional crescente" em torno da Huawei

Reino Unido decidiu eliminar por etapas todos os equipamentos da fabricante de sua rede 5G, uma vitória para Trump

AFP

Decisão britânica foi tomada após meses de pressão exercida por Washington

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A Casa Branca comemorou nesta terça-feira o que chamou de "consenso internacional crescente" em torno da gigante chinesa das telecomunicações Huawei, após a decisão do Reino Unido de eliminar por etapas todos os equipamentos da fabricante de sua rede 5G.

"A decisão do Reino Unido reflete o consenso internacional crescente em relação ao fato de que a Huawei e outros representam uma ameaça à segurança nacional, porque permanecem em dívida com o Partido Comunista Chinês", tuitou o assessor de Segurança Nacional do presidente Donald Trump, Robert O'Brien.

A decisão britânica, uma vitória para o presidente Trump, foi tomada após meses de pressão exercida por Washington, e apesar das advertências de Pequim sobre possíveis represálias.

"Esperamos com interesse trabalhar com o Reino Unido, bem como muitos outros parceiros e aliados, para estimular a inovação, promover a diversidade de provedores na rede de abastecimento das tecnologias 5G e garantir a segurança do 5G livre de manipulações perigosas", assinalou O'Brien.

Em um clima de tensão crescente com a China, Trump pressionou os aliados a proibirem o uso de tecnologia da Huawei em suas redes de telecomunicações, alegando que o mesmo representa uma ameaça à segurança nacional. O premier britânico, Boris Johnson, ignorou inicialmente o pedido da Casa Branca e permitiu que a empresa chinesa instalasse uma nova rede de alta velocidade no Reino Unido em janeiro.

O governo britânico justificou a mudança de postura citando a "incerteza" causada por sanções à Huawei anunciadas em maio por Washington. O presidente Donald Trump acusa o grupo tecnológico chinês de ser um espião de Pequim, o que a empresa nega, e está determinado a impedir o seu acesso aos semicondutores fabricados com componentes americanos.

Para o governo britânico, o uso de materiais de substituição pela Huawei pode representar riscos de segurança que não haviam sido considerados até então.


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