Senado dos EUA aprova reativação de produção de semicondutores

Senado dos EUA aprova reativação de produção de semicondutores

Demanda pelos disparou durante a pandemia, o que provocou sua escassez mundial

AFP

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O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (27), um projeto de lei que prevê 52 bilhões de dólares para reativar a produção de semicondutores no país. O texto deverá ser ratificado pela Câmara de Representantes. Este montante está incluído em uma lei mais ampla, que destina mais de 100 bilhões de dólares durante cinco anos para pesquisa e desenvolvimento.

De 100 senadores, 64 democratas e republicanos votaram a favor da "Lei dos Chips e da Ciência". "O Senado aprovou uma legislação histórica que reduzirá custos e criará empregos", comentou de imediato o presidente americano, Joe Biden, que pediu aos congressistas da Câmara dos Representantes que aprovem a lei "rapidamente".

"Significará cadeias de produção americanas mais resilientes, fazendo com que deixemos de estar tão conectados a países estrangeiros em tecnologias críticas que precisamos para os consumidores americanos e a segurança nacional", ressaltou Biden em comunicado.

A China, por sua vez, assegurou nesta quinta-feira que o projeto "contém disposições que restringem a cooperação científica e tecnológica entre China e Estados Unidos". "A China se opõem de maneira firme" à nova lei, declarou à imprensa o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, em coletiva de imprensa.

A demanda de semicondutores, o coração de todos os produtos eletrônicos modernos, disparou durante a pandemia, o que provocou sua escassez mundial. Isso foi agravado pelo fechamento das fábricas chinesas por novos surtos de coronavírus. Os problemas de abastecimento de chips, presentes tanto em smartphones como em helicópteros, estão alimentando, segundo o governo Biden, a escalada da inflação no país.

A escassez desacelerou a produção de veículos no ano passado, o que provocou uma disparada nos preços dos automóveis.


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