Acesso à internet móvel no Brasil cresce 70%, revela IBGE

Acesso à internet móvel no Brasil cresce 70%, revela IBGE

Pesquisa mostrou que 77,9% da população tinha celular em 2014

Correio do Povo

Acesso à internet móvel no Brasil cresce 70%, revela IBGE

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, nesta quarta-feira, os resultados da pesquisa sobre internet, televisão e posse de telefone celular para uso pessoal. O estudo revelou um crescimento de 70% do acesso à internet por banda larga móvel, representando 62,8% dos domicílios com internet. Em 2014, período de coleta dos dados, foi a primeira vez que o uso do telefone celular para acessar a internet ultrapassou o uso do microcomputador nos domicílios brasileiros. O destaque foi a região Norte, que apresentou a maior proporção (92,5%). 

Além disso, a análise indica um maior número de pessoas com celulares para uso pessoal, principalmente, na área rural. A análise utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2014) que ocorreu em convênio com o Ministério das Comunicações. A ideia é contribuir para subsidiar o planejamento nacional e as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do país. O instituto considera importante acompanhar o avanço dessas tecnologias pelo impacto delas no crescimento econômico e social.

Internet

Mais da metade dos domicílios passaram a ter acesso à internet em 2014, saindo de 48%, em 2013, para 54,9%, o equivalente a 36,8 milhões. As proporções eram muito distintas considerando a área da moradia - 60,8% urbana e 18,5% rural. Um dos itens revela uma mudança no instrumento de uso para a navegação. Houve uma redução da proporção de domicílios com acesso à internet por meio de microcomputador, que passou de 88,4% para 76,6%. Enquanto isso, os locais em que o acesso é feito por meio de outros equipamentos cresceu 137,7%, passando de 3,6 milhões para 8,6 milhões. Dentre os domicílios com acesso à internet, 80,4% (29,6 milhões) tinham acesso por meio de telefone celular; 21,9% (8,1 milhões), por tablet; 4,9% (1,8 milhões), por televisão; e 0,9% (0,3 milhão), por outros eletrônicos. No Sul, o acesso à internet era feito em 83,2% dos casos pelo microcomputador, 73,7% pelo celular, 21,1% por tablet e 6,1% por televisão. Desde 2004, o acesso à internet no domicílio vem aumentando. Naquela época, eram 6,3 milhões dos domicílios brasileiros. 

Dos 36,8 milhões de domicílios com acesso à internet em 2014, 0,8% possuía exclusivamente a conexão discada e 99,2% a conexão em banda larga. Esse tipo de conexão cresceu 9,9% em relação a 2013. Enquanto isso, a banda larga móvel registrou expansão de 70%, passando a estar presente em 62,8% dos domicílios com internet – um ganho de 19,3 pontos percentuais em relação a 2013. Ficou mais frequente o uso dos dois tipos de banda larga, com crescimento de 82,2%, alcançando patamar de 35,5% dos domicílios com Internet. No Rio Grande do Sul, 69,8% tem banda larga fixa e 58,3% móvel.

Celular

As estimativas do estudo mostram que 136,6 milhões de pessoas de 10 anos ou mais tinham telefone celular para uso pessoal, o que corresponde a 77,9% da população do país nessa faixa etária. Em relação a 2005, esse contingente aumentou 142,8%. A região Centro-Oeste continuou registrando a maior proporção de pessoas com telefone celular (86%), seguida pelas regiões Sul (82,2%) e Sudeste (81,9%).

Em relação ao local de moradia, 82,3% são da área urbana e 52,5% da área rural. Nas duas áreas foi registrado crescimento em relação a 2013, mas foi na rural a maior expansão (4,6%), com isso, mais da metade da população rural passou a ter celular em 2014. A análise da posse de telefone celular conforme os grupos de idade mostrou que houve aumento da proporção de pessoas com esse equipamento em todos os grupos, entre 2013 e 2014. A posse de celular apresentou comportamento crescente, atingindo seu máximo no grupo de 20 a 24 anos de idade, decrescendo a partir de então. O grupo de 20 a 24 anos registrou 89,4% de acesso. Quando analisados apenas os estudantes, na rede privada a proporção foi de 93,4% e, na rede pública, era 66,8%. 

A análise de pessoas com celular segundo o rendimento mensal domiciliar per capita mostrou que a posse cresce à medida que o rendimento aumentava. Na classe sem rendimento a um quarto do salário mínimo, 53% tinham telefone celular, ao passo que na classe superior a 10 salários mínimos essa proporção alcançou 95,9% em 2014.

Tablet

O número de domicílios com tablets no país aumentou 5,7% entre 2013 e 2014. No último levantamento, 11,1 milhões (16,5%) dos domicílios tinham o equipamento. Dentre aqueles com tablet, mais da metade (6,1 milhões) situava-se na Região Sudeste. No Sul, também houve crescimento. De um ano para outro, o índice passou de 10,8% para 16,2%. A posse de tablet estava associada a um maior rendimento médio mensal domiciliar per capita, que chegou a ser 2,1 vezes maior nos domicílios com esse aparelho. Enquanto os domicílios com tablet apresentavam rendimento médio mensal domiciliar per capita de R$ 2.213,00, aqueles que não o possuíam registravam R$ 1.049,00. Apesar de essa diferença ainda ser grande, diminuiu em relação a 2013, quando alcançou 2,5 vezes, denotando que o tablet passou a ser um bem mais acessível.

Televisão

De acordo com a pesquisa, em 2014, dos 67 milhões de domicílios brasileiros, 97,1% tinham televisão. O valor representa um crescimento de 2,9% em comparação a 2013. No último levantamento, foi identificada uma queda de 5,4% nos aparelhos com sinais analógicos - em 2013 eram 28,5% e em 2014 eram 23,1%. Ao contrário, os domicílios com acesso ao serviço digital tiveram um aumento de 8,6%, atingindo 39,8% dos domicílios com televisão. A TV digital aberta se expandiu nas áreas rural (15,7%) e urbana (43,5%)

A região Sudeste, assim como em 2013, registrou a maior proporção com esse serviço (45,7%), seguida das regiões Sul (41,5%) e Centro-Oeste (40,8%). No Rio Grande do Sul, 43,5% das residências contam com esse tipo de sinal. 

O número de domicílios com televisão por assinatura também teve aumento (12%), alcançando 32,1% dos domicílios com TV. Assim como para a televisão digital aberta, a televisão por assinatura era mais presente nos domicílios da área urbana (35,9%) do que da rural (7,5%). Na região Sul, o número de residências com TV por assinatura passou de 29,6% em 2013 para 32,5% em 2014.

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