Dom Pedrito decreta situação de emergência
Os principais prejuízos ocorreram nas estradas do interior, o que acabou prejudicando o escoamento da produção no município
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O Prefeito de Dom Pedrito, Mário Augusto Gonçalves assinou o decreto que declara situação de emergência em Dom Pedrito, em razão do grande volume de chuva das nas últimas semanas. Embora não tenha registrado mortes ou desabrigados, como aconteceu em outras regiões do Rio Grande do Sul, o município foi bastante prejudicado pelas precipitações intensas dos últimos dias. Choveu 575 milímetros no município entre abril e o último dia 10. Os principais prejuízos foram sentidos na zona rural, afetando a trafegabilidade das estradas e o escoamento da produção das lavouras.
Conforme ele, as necessidades mais urgentes são de pessoal, materiais, equipamentos e máquinas pesadas para atender emergencialmente os atingidos. “Recebemos, na reunião da Defesa Civil, o pedido das entidades que representam o setor primário, uma vez que tiveram e continuam tendo grandes prejuízos nas suas produções de hortifrutigranjeiros, arroz, soja e pecuária”, detalha.
O prefeito reforçou que os esforços do Executivo agora precisam estar concentrados em reconstruir as estradas e colocar maquinário para atender emergencialmente a população que foi atingida na zona rural. “É preciso restabelecer minimamente a normalidade dessas vias, porque é por elas que acontece o escoamento da safra. Temos mais de 2 mil quilômetros de estradas dentro do nosso município e tem muito grão apodrecendo porque não está sendo possível fazer essa vazão”, reforça.
Além disso, o chefe do Executivo ressaltou a necessidade de desobstruir as bocas de lobo na zona urbana — que entupiram com as chuvas, ocasionando pontos de alagamento na cidade. O decreto foi enviado para avaliação do Estado. Para ser efetivada a situação de emergência, o documento deve ser homologado e reconhecido pelos governos do Estado e federal.
Bagé
O prefeito de Bagé Divaldo Lara também decretou emergência no município da campanha. Lara justificou a medida em função das chuvas que caíram entre 26 de abril e 7 de maio na cidade que causaram estragos em estradas e pontes tanto na zona urbana como rural. A intensidade da precipitação foi tanta que a Barragem Sanga Rasa chegou ao seu nível máximo, o que não ocorria desde dezembro do ano passado. As barragens do Piraí e Emergencial também estão cheias.
A recuperação das reservas de água da cidade deve-se às significativas precipitações dos últimos meses. Em abril, foram registrados 207,2 milímetros na Estação de Tratamento de Água (ETA). Já em maio, até o momento, foram observados 120 milímetros. Em treze dias, já choveu praticamente a média histórica do mês, que é 123,6 milímetros.
“Esta situação atual das barragens nos tranquiliza, pois, em início de abril, antes das fortes chuvas, a Sanga Rasa chegou a estar 4,50 metros abaixo do normal. É importante entrarmos o segundo semestre com os reservatórios cheios, pois as previsões apontam para diminuição das precipitações, devido à influência do fenômeno La Niña”, explica o diretor geral do Departamento de Água Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb), Gilberto Cassiano Vasconcelos.