Prefeitura de São Lourenço do Sul enfatiza que as pessoas não devem voltar para casa
A estimativa é que cinco mil pessoas estejam desalojadas, outros 164 estão desabrigados na cidade
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Após uma manhã de estabilidade, a Lagoa dos Patos voltou a subir em São Lourenço do Sul. A 9h o nível da régua estava em 2,79m. Já ás 16h estava em 2,87m. O vento que estava em direção oeste mudou para sudoeste estando há 12 km/h na cidade.
O município segue com 164 pessoas nos abrigos da cidade, no Centro de Convivência Conviver, que assim como a Comunidade Nossa Senhora de Fática. Ainda há vagas na Comunidade Medianeira e no Salão Três de Maio, na Comunidade Evangélica Luterana.
A Central para o recebimento de doações está localizada no Esporte Clube São Lourenço. O nível das águas tanto da Lagoa dos Patos como do Arroio São Lourenço torna impossível chegar a ponte do camping do município.
O prefeito Rudinei Harter enfatiza que embora a sexta-feira tenha sido um dia bonito, as pessoas devem permanecer fora de suas casas, pois as águas permanecem em uma altura preocupante. “Chegamos ao máximo que já havíamos atingido ontem, de 2,87m, e devemos mesmo em um dia bonito se preservar e não voltar pra casa. Tivemos durante a noite informações que o rio Guaíba está baixando significa que ainda tem água a passar por aqui e faz com que mantenhamos o alerta”, enfatiza
Harter destaca que enquanto o Rio Guaíba não chegar a três metros, permanece a situação de alerta e preocupação em São Lourenço do Sul. “Continuamos trabalhando. Os desalojados também não devem voltar. Estimamos que cheguem a a cinco mil desalojados. É uma situação ruim no Navegantes, na Barrinha e no Balneário e essas pessoas devem permanecer fora. Não podemos projetar até quando vai a situação”, lamenta.
O prefeito diz que agora não dá para ter uma noção dos estragos que a cheia já fez na cidade. “Ontem (quinta-feira) andamos na Lagoa do Patos do arroio Caraha até o São Lourenço. Alguns milhões de reais serão necessários para recuperar a orla, além das ruas e buracos”, observa. A Prefeitura deve realizar um levantamento técnico para além de quantificar os estragos levantar o valor da reconstrução. “O que temos garantia é que vai dar muito trabalho”, finalizou.