Uruguaiana calcula prejuízos da enchente

Com o recuo do Rio Uruguai, que na manhã de hoje estava em 11,45 m acima do nível (20 centímetros a menos que nesta terça-feira), Uruguaiana começa a contabilizar os prejuízos causados pelas chuvas. A cota de inundação é de 8,5m. Por isto, 346 pessoas seguem nos abrigos do município e outras 1941 permanecem desalojadas.

Um levantamento realizado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) revela que as 497 cidades do estado podem enfrentar uma queda substancial na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2024. Em Uruguaiana, segundo o secretário da Fazenda Valdir Vennes da Rosa, as perdas vão girar em torno de R$ 20,7 milhões em 2024, refletindo diretamente na saúde financeira do município para a pagamento de fornecedores e o funcionamento de setores essências bem como a execução de projetos. “Os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul serão sentidos não apenas em termos de infraestrutura e bem-estar social. O desastre econômico trará consequências tão sérias quanto a calamidade natural”, disse ele.

É importante ressaltar que o ICMS é um imposto arrecadado pelo estado, e a distribuição entre os municípios é calculada com base no Índice de Participação dos Municípios (IPM), que leva em conta o Valor Adicionado Fiscal (VAF) de cada localidade. No entanto, as perdas estimadas pela Famurs se referem à arrecadação total do estado, não à produção específica de cada município.

Doações

As doações aos desabrigados sejam entregues na sede da Prefeitura, quarteis, posto médico da Guarnição de Uruguaiana ou ainda no Projeto Costurinha (localizado no anexo ao Hotel de Trânsito do Exército). Alimentos não perecíveis e perecíveis (carne), hortifrutigranjeiro, água e material de higiene e limpeza. As pessoas que quiserem ser voluntários para ajudar aos que necessitam neste momento podem ligar para o telefone (55) 99628-4337.