Índice de positividade para a variante ômicron chega a 50% em Caxias do Sul

Índice de positividade para a variante ômicron chega a 50% em Caxias do Sul

Segundo dados, o maior número de casos se concentra na faixa dos 20 aos 29 anos

Celso Sgorla

Secretária de Saúde do município, Daniele Meneguzzi, detalhou o cenário atual da doença nesta segunda-feira

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Mesmo sendo de potencial menos agressivo, com número reduzido de internações na comparação com outras variantes da Covid-19, a ômicron exige a continuidade dos cuidados preventivos pela população. O alerta foi feito pela secretária da Saúde de Caxias do Sul, Daniele Meneguzzi, ao detalhar o cenário atual da doença durante reunião do Gabinete de Crise nesta segunda-feira.

A secretária informou que o índice de positividade da nova variante chegou a 50% dentre as pessoas que buscaram atendimento por doenças respiratórias e realizaram o teste. Em relação à primeira semana do ano, o índice dobrou. Era de 20% a 25% e passou para 37% na semana passada. “É uma prova irrefutável da alta transmissibilidade do vírus, que é facilitada pela maior circulação de pessoas e baixa aderência aos protocolos sanitários”, relatou.

O número de atendimento de pessoas com sintomas de doenças respiratórias passou de 600, na primeira semana do mês, para 2.160 na semana passada. Destes, 1.900 testaram positivo para a Covid-19. Na primeira semana de janeiro foram detectados 1.773 casos positivos e, na seguinte, 927. “Ainda estamos longe de uma estabilidade”, advertiu Daniele.

Com base na série histórica dos últimos dois anos de comportamento da doença, a Secretaria de Saúde estimou que a alta dos casos seguirá, pelo menos, pelas próximas duas semanas. Diante deste cenário, renovou o apelo para que as pessoas retomem os cuidados básicos de prevenção, como uso da máscara, distanciamento e higienização com álcool em gel, além de reforçar a importância da vacina.

Segundo os dados, o maior número de casos se concentra na faixa dos 20 aos 29 anos, público com baixo índice de imunização, seguido por pessoas com idades entre 50 e 59 e 43 a 49. A alta incidência começa a influenciar na estrutura dos hospitais. As internações em enfermarias avançaram 150% na comparação com final de dezembro. Os leitos de UTI para Covid avançaram de 28% para 48% na rede pública e de 17% para 43% na rede privada, no mesmo período.

Nesta segunda-feira a cidade tinha 1.382 casos positivos, dos quais 112 servidores da saúde. “No final de dezembro, tínhamos total inferior a 200 casos”, registrou. A secretária Daniele ainda informou que sete pessoas aguardam em leitos das UPAs vagas para enfermarias nos hospitais que atendem ao SUS.


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