Assinado dois contratos para construção de 346 unidades habitacionais em São Leopoldo no valor de R$ 55 milhões

Assinado dois contratos para construção de 346 unidades habitacionais em São Leopoldo no valor de R$ 55 milhões

O ato de solenidade, aconteceu na Ocupação Mauá, e contou com a presença autoridades municipais, federais e dos beneficiários

Fernanda Bassôa

Contratos vão beneficiar moradores de duas ocupações

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Foi assinado nesta sexta-feira pela prefeitura de São Leopoldo, Governo Federal, Movimento Nacional de Luta pela Moradia e Caixa Econômica Federal, dois contratos no valor de mais de R$ 55 milhões referente a construção de 346 unidades habitacionais vinculadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida. O ato de solenidade, aconteceu na Ocupação Mauá, na Rua dos Adventistas, e contou com a presença autoridades municipais e federais.

Para o Loteamento Steigleder, cujas famílias estão vinculadas à Cooperativa de Trabalho e projetos Nova Geração, serão construídas 96 unidades habitacionais, sendo 30 sobrados de 55,80 metros quadrados e 66 casas térreas com 53,48 metros quadrados, em investimento de R$ 13.441.344,14. Já no Residencial Mauá Sinos, cujo vínculo é com a Cooperativa de Trabalho Habitação e Consumo, Construindo Cidadania (Cootrahab), serão erguidas 250 unidades, sendo 224 apartamentos de 62,46 metros quadrados, em torres de quatro andares e 26 sobrados de 55,80 metros quadrados. O total de investimento nesta obra é de R$ 41.640.164,02

Representando a direção do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Cristiano Schumacher disse que é um momento importantíssimo pois trata-se de duas ocupações que lutaram muito pelo direito à moradia. “Pessoas que vivenciaram o período da pandemia, que resistiram aos despejos, que construíram toda uma política de resistência, de defesa da segurança alimentar, de luta por vacina e que construíram uma vitória com o Lula. Então tem um grande significado. Essas famílias estiveram na rua, caminharam, ficaram acampadas, debaixo da lona ergueram seu barraco de madeira, ajudaram a construir a política pública e hoje vão ajudar a desenvolver o projeto de autogestão. Sem falar que todos passaram pelas dificuldades da enchente.”

Emocionada, Vanuza Antunes, uma das beneficiárias das unidades habitacionais enfatizou que com luta e com garra a casa sai. “Sou mãe solteira e lutei muito para criar meus filhos. Sempre morei de favor na casa da mãe ou de aluguel. Nós merecemos moradia, porque nós lutamos e ninguém vai derrubar o movimento.”

O titular da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, falou da importância da organização do movimento social e das pessoas estarem unidas em prol de um objetivo comum. “Sem esta união e sem esta organização isso não seria possível.” Ele também falou da importância da Caixa Econômica Federal dar suporte aos projetos sociais, habitacionais e tantos outros programas do governo federal. “A importância de termos governos que compreendam o anseio da população e façam políticas públicas para quem mais precisa.”

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi encerrou a solenidade dizendo que uma das decisões políticas de seu governo foi que não haveria mais despejos porque uma das prioridades do seu governo sempre foi oferecer vida e moradia com dignidade. Vanazzi não pode deixar de fazer críticas ao governo Bolsonaro, pois o mesmo acabou com importantes programas habitacionais deixando milhares de famílias sem a perspectiva de obtenção de casa própria e fez elogios ao governo Lula com a retomada do programa Minha Casa Minha Vida. O encerramento aconteceu com a assinatura dos contratos.


Correio do Povo
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