Aumentam os focos do mosquito da dengue em Santa Cruz do Sul

Aumentam os focos do mosquito da dengue em Santa Cruz do Sul

Já foram registrados 245 focos do Aedes aegypti este ano, número superior ao total de 2017

Otto Tesche

Agentes fazem vistorias em residências

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Mesmo com a chegada do inverno, o alto índice de focos do mosquito transmissor da dengue, febre amarela, zica e chikungunya causa preocupação em Santa Cruz do Sul. Desde o início do ano, houve o registro de 245 focos do Aedes aegypti. O número é superior ao total de 2017, quando foram encontrados 198 focos. Em 2016, a contabilização foi de apenas 20. A situação em 13 bairros é considerada de alerta em consequência do aumento no número de focos.

A maior quantidade encontrada este ano foi no Centro, com 74, seguido do Bom Jesus (37), Avenida (26) e Bonfim (16). Os 130 agentes de saúde e de combate a endemias mantêm as visitas às residências. O objetivo é orientar os moradores sobre as medidas necessárias para que não haja proliferação dos insetos. Na semana passada, o trabalho ocorreu no bairro Faxinal e, atualmente, o foco é o Santa Vitória. Na próxima semana, as coletas devem ocorrer no bairro Universitário. “É tudo pensado estrategicamente. Estamos realizando um cerco ao mosquito”, afirma o coordenador municipal de ações de combate ao Aedes aegypti, Leonardo Rodrigues.

Rodrigues destaca a necessidade do envolvimento da população para o trabalho de prevenção atingir os objetivos. “Apesar de todo nosso esforço, acreditamos que os santa-cruzenses ainda não despertaram para o problema”, afirma. Até o momento, foram realizadas três notificações sobre a doença, mas não houve casos confirmados. Segundo o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti, realizado em junho, em Santa Cruz, a cada 100 casas visitadas, 14 estão infestadas com o foco. Entre as medidas de combate, foi criado o Comitê Municipal de Combate ao Aedes aegypt. O projeto aguarda liberação jurídica, o que deve ocorrer ainda nesse mês. “Por meio do comitê esperamos reunir representantes de bairros e lideranças municipais para o desenvolvimento de ações”, afirma.

Além disso, a Lei Municipal 7.859, de 27 de outubro de 2017, que dispõe sobre a criação do Programa Municipal de Prevenção e Combate ao Mosquito Aedes aegypti, também é vista como aliada ao trabalho realizado pelos agentes. Por meio dela, moradores podem ser advertidos e até multados caso sejam encontrados criadouros do mosquito no local sob sua responsabilidade. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895