Aumento do número de pessoas contaminadas pela Covid-19 preocupa em Frederico Westphalen
Cidade contabiliza 246 pessoas com doença ativa e 404 em isolamento
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Cresceu de forma assustadora o número de pessoas contaminadas pela Covid-19 em Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul. Segundo o último boletim epidemiológico, 246 pessoas estão com a doença ativa e 404 em isolamento domiciliar.
A UTI do Hospital Divina Providência (HDP) está lotada, com 11 pacientes internados, três de Frederico Westphalen e três de outros municípios. Em leitos clínicos estão baixados nove pacientes, seis de Frederico Westphalen e três de outras cidades.
Nessa segunda-feira foram registrados mais três óbitos no HDP pelo Covid-19. "Diante do aumento do número de casos em Frederico Westphalen e região, nossa preocupação é que logo não tenhamos mais leitos para atender os pacientes em estado grave. Por isso é preciso que a população faça a sua parte a fim de evitar a disseminação do vírus”, alertou o presidente do Hospital Divina Providência (HDP), Jaime Vitalli.
Vitalli afirmou, ainda, que quanto mais pessoas internadas, maior a despesa do HDP, que enfrenta grave situação financeira. “Este é mais um grande desafio que estamos enfrentando, pois recentemente havia sido analisada a possibilidade de desativar leitos de UTI, diante do crescimento da despesa por conta das pessoas atendidas com coronavírus."
Vieram a óbito no Hospital Divina Providência, desde o início da pandemia, 106 pessoas – 63 de Frederico Westphalen e 43 de outros municípios. O HDP é um dos três hospitais da 2ª CRS referência no atendimento Covid. As outras duas casas de saúde são o Hospital de Caridade (HC) de Três Passos e o Hospital Santo Antônio (HSA) de Tenente Portela.
A titular da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde (RSC), com sede em Frederico Westphalen, Marly Vendruscolo, disse que é muito preocupante o aumento do número de pessoas contaminadas pelo coronavírus nos 26 municípios do órgão regional. “Está muito claro que nos últimos 10 dias o número de pessoas afetadas pelo Covid-19 cresceu de forma preocupante, situação que pressiona as estruturas de atendimento dos hospitais com lotação de UTIs e leitos clínicos”, observou.
Marly informou que neste período as contaminações, na sua maioria, envolvem pessoas entre 30 e 60 anos. “Chama a atenção, também, que pacientes com poucos sintomas, em poucos dias acabam tendo seu quadro agravado e acabam na UTI”, ressaltou.
A coordenadora afirmou que o aumento do número de casos deve-se às aglomerações de pessoas e ao desrespeito aos protocolos das autoridades da área da saúde, como o uso de máscaras e álcool gel. “Tem gente que compartilha chimarrão, se aglomera e quando um amigo ou familiar acaba no hospital ficam lamentando nas redes sociais”, criticou.
