Autoridades sanitárias de Uruguaiana solicitam ao Ministério da Saúde vacinas contra a dengue
Preocupação é que a doença se alastre devido à posição geopolítica do município
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A Secretaria de Saúde (SMS) de Uruguaiana, enviou documento ao Ministério da Saúde apelando para que seja enviada uma remessa de vacinas contra a dengue à cidade.
O pedido, segundo o secretário Diego Cantori, justifica-se por Uruguaiana ser uma cidade de fronteira com intenso fluxo de pessoas e veículos (passeio e caminhões de cargas internacionais) de diferentes localidades da Argentina e do Brasil.
Além disso, as recentes enchentes que atingiram o município e a região também colaboraram para a proliferação do mosquito Aedes aegypti nas áreas afetadas, principalmente, no último quadrimestre de 2023.
Nos últimos 40 dias, são quatro casos confirmados da doença e uma morte sob suspeita sendo analisada. Todos importados de outras cidades.
O Governo Federal iniciou a distribuição de imunizantes aos estados brasileiros. A primeira remessa, com 712 mil doses, foi encaminhada a Goiás, Bahia, Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amazonas, São Paulo e Maranhão. O Distrito Federal também foi contemplado.
Durante a reunião, entre autoridades, no Palácio Barão do Rio Branco, foram discutidas ações que estão sendo realizadas no município e novas iniciativas no combate ao problema.
A SMS intensificou o trabalho a partir de setembro de 2023.
As estratégias de antecipação tiveram a participação dos agentes de combate a endemias.
Médicos virologistas realizaram orientações às equipes dos postos de saúde da cidade.
As equipes também orientam a comunidade sobre o trabalho de prevenção.
Conforme autoridades sanitárias o município está mobilizado em várias frentes para que o Aedes não provoque maiores consequências à população.
De acordo com especialistas, o “fumacê” é uma alternativa que deve ser usada em casos específicos.
Na ocorrência de caso positivo, a área onde a pessoa infectada reside, esteve ou transitou pode ser abrangida pela fumegação.
A ação somente será realizada após autorização do Governo do Estado.
É fundamental reiterar que a comunidade tenha consciência do problema e colabore com o trabalho dos Agentes de Combate a Endemias (ACE) que, diariamente, fazem a inspeção nas residências.
A melhor forma de prevenção é o combate a possíveis novos focos de proliferação do mosquito.
A Secretaria de Saúde já discute junto ao Ministério Público ações para casos em que os agentes enfrentem resistência na realização das inspeções.
No sistema público, o paciente só irá realizar o teste caso tenha solicitação do médico, após o primeiro atendimento e a identificação dos sintomas – conforme o protocolo do Ministério da Saúde em todo o país.
Havendo o pedido do profissional, a coleta é encaminhada ao Laboratório da Secretaria de Saúde e o resultado divulgado dentro das 48 horas.
Os testes são todos custeados pelo município.
Aspirina e AAS não devem ser usadas em caso de suspeita de dengue.
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