Bloco de residencial está interditado em Campo Bom

Bloco de residencial está interditado em Campo Bom

Moradores deixaram o local em razão de danos estruturais e risco de desabamento do prédio

Stephany Sander

O local está interditado desde a segunda-feira

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As 36 famílias que residem no bloco 1 do Residencial Dona Augusta, na cidade de Campo Bom, não têm prazo para poder retornar às suas casas. Desde segunda-feira (19), o local está interditado pela Defesa Civil municipal por danos estruturais e risco de desabamento do prédio.

A prefeitura disponibilizou um abrigo temporário no Ginásio de Esportes do CEI para os moradores, mas a maioria deles está acomodada nas residências de amigos e familiares. "É horrível ter que sair de casa, sendo que eu paguei por ela, e ficar morando de favor, mas do jeito que estava não dava para ficar. Não me sentia segura dentro de casa com as rachaduras e os estragos", afirma a comerciária Elisabeth Mendes. Ela conta que a irmã também mora no residencial, mas em outro bloco, que não apresenta danos.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Silveira, os proprietários dos apartamentos, preocupados com a situação, solicitaram que a construtora responsável produzisse um laudo sobre a situação do bloco 1. Conforme ele, o parecer, emitido pelo engenheiro da empresa sobre as condições de estabilidade da edificação, demonstrou risco de segurança estrutural caso não haja intervenções no sentido de recuperação. "Quando o laudo chegou ao nosso conhecimento, trazido pelos moradores, interditamos o prédio por tempo indeterminado. É uma medida preventiva. Aconselhamos os moradores a não permanecerem nesses imóveis até que uma equipe profissional faça os reparos necessários para garantir a segurança”, destaca Silveira.

A Casarão Imóveis, que administra o residencial, relata que as reclamações dos condôminos já haviam sido encaminhadas à Caixa Econômica Federal antes da interdição. Uma resposta é aguardada no prazo de até 15 dias.

A Caixa Econômica Federal informa que o Residencial Dona Augusta, pertencente ao Programa de Arrendamento Residencial (PAR), foi construído pela empresa Kaefe Construção e Incorporação no Município de Campo Bom, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Devido à apresentação de vícios construtivos, a Caixa diz que já notificou a construtora para recuperação do empreendimento. Informa ainda que, em laudo de engenharia recebido, não há menção a risco iminente para o empreendimento, no entanto, dada a intervenção preventiva da Defesa Civil, a instituição financeira esclarece que adotará as providências necessárias para verificação da solidez da estrutura e recuperação do empreendimento.

A Kaefe Construção e Incorporação afirma que já deu início às primeiras obras de contenção no bloco 1 e que, nos próximos dias, deve também efetuar reparos nas tubulações e outros danos. Não há previsão de quanto tempo isso pode demorar e quando as famílias poderão retornar para suas casas. Segundo a Prefeitura de Campo Bom, as seis famílias que estavam no Ginásio do Cei foram realocadas para outros blocos do condomínio.


 

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