Canela debate a concessão de bens públicos
A prefeitura alega não ter recursos para realizar melhorias em seis imóveis
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Na noite de terça, mais de 150 pessoas lotaram o plenário legislativo para discutir o projeto do Parque do Palácio. Houve manifestações a favor de manter o local como está, mas buscando mais cuidados com a área. Outras opiniões enalteceram a importância de uma parceria com a iniciativa privada para melhorar a qualidade do parque. Ainda não há prazo para a votação. “A concessão segue a proposta do projeto Canela do Futuro, que busca transformar essas áreas públicas do município em fontes geradoras de emprego e renda, e uma dessas áreas é o Parque do Palácio”, afirmou o secretário de Governo, Vilmar Santos. Conforme ele, o governo estadual repassou, em 2010, a área de 9,1 hectares para a prefeitura construir um centro de convenções. “Sempre respeitando o meio ambiente e a função principal do local, que é ser um espaço público de lazer."
O representante da Associação dos Amigos do Parque do Palácio na audiência, Humberto Hickel, disse que a discussão sobre a concessão é antiga. “Inclusive, projeto foi aprovado pela Câmara, mas não teve andamento. Após estudos, foi concluído que a área não pode ser alienada para terceiros e deve, sim, ficar sempre com a prefeitura", destacou. Os vereadores defenderam debate mais amplo. “O que queremos com as audiências é dar voz ativa à comunidade, buscando uma construção e o melhor para Canela", afirmou Ismael Viezze.
O projeto visa conceder o parque à iniciativa privada por 25 anos para revitalização e manutenção. Entre vários itens, prevê a construção de um centro de feiras e da sede da Secretaria de Turismo, além de conservação de área de lazer para a comunidade. O investimento é estimado em R$ 60 milhões, que seria bancado pela empresa, como contrapartida à concessão.