Canoas registra acumulado de chuvas quatro vezes maior do que a média histórica para o mês de maio
De acordo com o Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil de Canoas, entre os dias 1º e 29 de maio o acumulado de chuva foi de 488,1mm
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Os expressivos volumes de chuva registrados ao longo de maio na cidade de Canoas, que provocou a inundação especialmente do lado oeste da cidade fazendo os diques dos bairros Mathias velho e Rio Branco romperem devido a força da água, foram quatro vezes maiores do que a média histórica para todo o mês. De acordo com o Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil de Canoas (Eclima), entre os dias 1º e 29 de maio o acumulado de chuva foi de 488,1 milímetros de precipitação. Em condições normais, o quinto mês do ano costuma registrar, em média, 112,8 mm de chuva. A prefeitura mantém as aulas suspensas até o próximo dia 7 de junho.
Segundo o Eclima, o dia mais chuvoso de maio ocorreu em 23 de maio, a quinta-feira em que se atingiu a marca de 109,5 milímetros em 24 horas. As fortes pancadas resultaram em diversos transtornos, especialmente alagamentos e inundações na região do bairro Niterói, no lado Leste. Em abril, as chuvas também caíram de modo acima do habitual. Igualmente, o acumulado foi muito superior para o mês. Ao longo dos 30 dias foram exatos 360,3 milímetros, mais que o triplo da média histórica de 114,4 milímetros. Na última terça-feira de abril, as estações do Eclima registraram 153 milímetros de chuva em 24 horas, o que representa a maior incidência já registrada no município.
A cidade de Canoas, um dos Municípios duramente afetados pela catástrofe climática, teve ao menos 81 equipamentos públicos totalmente danificados, entre eles 41 escolas municipais, 19 unidades de saúde, 3 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Hospital de Pronto Socorro (HPSC), 4 farmácias básicas, 5 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), o albergue municipal, 8 espaços esportivos, além de 70 mil imóveis, entre casas, comércios e indústrias. A inundação afetou cerca de 150 mil pessoas. O prefeito Jairo Jorge, estima que para recuperar a cidade o valor ultrapasse os R$ 200 milhões e as perdas econômicas que podem chegar a R$ 6 bilhões. Atualmente 10.510 pessoas seguem acolhidas em 71 abrigos mantidos pelo Município.