Caxias ganha novo espaço cultural e de convivência

Caxias ganha novo espaço cultural e de convivência

Exposição apresenta trajetória da antiga Metalúrgica Eberle

Celso Sgorla

Os 15 painéis do Caminho Histórico são divididos em décadas e traçam recortes de momentos do empreendimento com a cidade que o acolheu

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A área central de Caxias do Sul ganhou neste mês de dezembro um novo espaço cultural e de convivência com a inauguração do Caminho Histórico Pátio Eberle. Trata-se de uma exposição permanente de painéis fotográficos que rememoram a trajetória da antiga Metalúrgica Abramo Eberle e sua relação com a cidade. O novo espaço localiza-se no interior do estacionamento do Pátio Eberle e pode ser acessado pelas ruas Sinimbu, Os 18 do Forte e Borges de Medeiros.

Os 15 painéis do Caminho Histórico são divididos em décadas e, por meio de uma linha do tempo, traçam recortes de momentos do empreendimento com a cidade que o acolheu. “O que nos motivou no processo de revitalização do Pátio Eberle e na construção do Caminho Histórico foi a permanência do legado deste local como agente transformador para Caxias do Sul e sua população. A ideia é promover um reencontro entre as pessoas e o espaço de trabalho que moldou toda uma cidade e um povo, mantendo viva a sua memória coletiva e cultural. Além de proporcionar a permanência para as gerações futuras de um bem que faz parte da história da cidade”, destaca Gilberto Caberlon, da GCI Investimentos, proprietária do prédio e responsável pela sua revitalização, iniciada em 2014.

A curadoria do projeto resulta de uma pesquisa histórica realizada pelo jornalista Rodrigo Lopes, que informa que a seleção fotográfica destacou o prédio por etapas, sua evolução, o que foi surgindo, década por década. “Vale ressaltar que o edifício foi testemunha de vários acontecimentos importantes da cidade ao longo do século 20. As imagens, garimpadas em acervos familiares e junto ao Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, destacam isso. Quando foi totalmente concluído, no início dos anos 1950, o edifício da Sinimbu era o primeiro arranha-céus de Caxias”.

Lopes observa que o trabalho buscou destacar a importância do prédio no contexto econômico-social da cidade, desde o início do século 20, com as edificações em madeira, até a chegada do moderno edifício em alvenaria, na década de 1940.

O público está sendo recebido seguindo o protocolo de cuidados necessários diante da pandemia. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h às 23h, sábados, das 7h às 20h – nos domingos de dezembro das 12h às 20h.


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