CCR ViaSul cava até oito metros de profundidade para encontrar canal danificado na freeway

CCR ViaSul cava até oito metros de profundidade para encontrar canal danificado na freeway

Trabalhos continuam nesta terça no quilômetro 46 da rodovia, em Glorinha, onde buraco foi aberto no domingo, causando transtornos no trânsito

Felipe Faleiro

CCR ViaSul trabalha em buraco no asfalto da Freeway em Glorinha

publicidade

A CCR ViaSul ainda não tem prazo para liberação da freeway, no sentido Litoral-Porto Alegre, depois de uma cratera ter sido naturalmente aberta no asfalto na tarde do último domingo, no quilômetro 46 da rodovia, no município de Glorinha, junto à Área de Proteção Ambiental (APA) do Banhado Grande. Na manhã desta terça-feira, a concessionária trabalhava no local com três escavadeiras na superfície, mais uma mini-escavadeira na área de drenagem, onde foram confirmadas duas rupturas nos encanamentos, segundo a empresa.

A pista foi integralmente bloqueada entre os quilômetros 45 e 48, e o desvio é feito pelo lado contrário, em uma das faixas. A terceira pista no sentido Porto Alegre-Litoral também tinha bloqueios, em razão de trabalhos de contenção. A empresa precisou cavar até oito metros de profundidade, ante uma estimativa inicial de seis metros, para localizar os pontos rompidos. “A intenção é realizar o conserto ao longo do dia, para se possível, ainda hoje, trabalhar com o material para iniciar o aterro”, afirmou o gerente de Operações da CCR ViaSul, Paulo Linck.

De acordo com ele, a intenção é substituir a argila abaixo do asfalto por pedras, cuja colocação é mais rápida e permite a aplicação com chuva, conforme indicado pela meteorologia para esta terça e quarta. Ao todo, oito caminhões-caçamba atuarão na área. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuava também na área, na contenção dos desvios. A jornalista Anahi Fros foi uma das prejudicadas nos bloqueios da freeway no último domingo.

“Aproveitando uma rara oportunidade de curtir um feriado com meu filho de nove anos, fomos a Tramandaí no último final de semana, e já imaginava que o retorno seria demorado, mas não ao ponto que chegou”, disse ela, que saiu às 15h da rodoviária do município e chegou em Porto Alegre apenas às 22h30min. “A falta de informações na estrada e o sinal de Internet nulo em vários pontos foram fatores de agonia, além da inexistência de suporte da concessionária no trajeto”, acrescentou.

A CCR ViaSul havia feito inspeção nos canais de drenagem da rodovia pela última vez há cerca de 45 dias, sem constatar falhas, e afirma realizar o procedimento semestralmente. Diante da situação considerada inédita, a companhia disse que vai reforçar estes processos. Os encanamentos afetados haviam sido instalados originalmente durante a implantação da faixa adicional na freeway, por volta de 1997.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895