Centro de Acolhimento Humanitário se destaca por atendimentos humanizados em Guaíba

Centro de Acolhimento Humanitário se destaca por atendimentos humanizados em Guaíba

Quase 10 mil pessoas afetadas foram atendidas com acolhimento e doações

Correio do Povo

Foram entregues cerca de 4.200 cestas básicas e 70 mil litros de água

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O Centro de Acolhimento Humanitário (CAH) em Guaíba atendeu, em menos de 10 dias, quase 10 mil pessoas atingidas pela histórica enchente no município. Os cidadãos, além de receberem acolhimento, têm acesso a doações de alimentos, roupas, material de limpeza, kits de higiene, água, roupas de cama e demais itens à disposição da população.

O CAH, em poucos dias, se tornou referência na cidade e já conta com reconhecimento facial em seu atendimento, com ênfase na celeridade do cadastro. A iniciativa visa otimizar o tempo de espera dos beneficiários, permitindo que recebam o auxílio necessário de maneira ágil, sem burocracias.

Uma das idealizadoras do CAH, a primeira-dama, Deisi Maranata, ressalta todos os cuidados com a comunidade acolhida. “Nós temos o carinho em acolher, ali é muito amor e muita dedicação!”, observa. Além disso, Deisi destaca que existe a possibilidade de novos projetos envolvendo a ampliação dos serviços do Centro de Acolhimento na cidade.

Dois dos coordenadores do CAH, Mcgiver Silveira e Márcio Bilhalva, observam como a estrutura e organização do mesmo evoluíram rapidamente com o passar dos dias, conforme surgiam as necessidades do Centro.

“Hoje temos seis ilhas de atendimento à população; à esquerda de quem entra no prédio, temos as Docas, onde recebemos as doações de caminhões e veículos pesados; e, à direita, a saída operacional das doações direcionadas aos abrigos. Tudo é organizado e com fluxo para otimizar o trabalho dos nossos 120 voluntários que atuam aqui diariamente”, observam Silveira e Bilhalva.

ILHAS SIMULTÂNEAS

Uma pessoa que chega para atendimento tem seu cadastro realizado, identificação facial feita e, na sequência, tem acesso à “Loja”. Ali, pode escolher roupas, e, após isso, tem acesso ao “Mercado”, onde recebe alimentos, água, material de limpeza, kits de higiene e roupas de cama, conforme a demanda e necessidade. No momento, colchões, devido à alta procura, estão sendo priorizados para os abrigos.

Conforme McGiver Silveira, há disponíveis no CAH seis ilhas simultâneas em funcionamento: a de alimentos, a de produtos de higiene (e fraldas), materiais de limpeza, de água, e duas de triagem de roupas, uma no térreo e outra no segundo andar. “Otimizamos de uma maneira que tudo possa ocorrer ao mesmo tempo. Aos poucos, as coisas foram se organizando e hoje todos já sabem o fluxo a ser seguido”, comemorou.

Conforme dados levantados pela coordenação do CAH, toneladas de doações já chegaram de diferentes cidades do estado e do país. “Todo dia recebemos doações, às vezes, chegamos a ter 14 caminhões no dia. Uma verdadeira corrente do bem”, destacou McGiver Silveira.

Entre os dias 14 e 21 de maio, foram registradas doações de cerca de 100 veículos entre caminhões, carretas, camionetes e carros.

Destaques para:

  • 70 mil litros de água
  • 4.200 cestas básicas
  • 900 colchões
  • 9.000 cobertores
  • 9.000 caixas/sacos com roupas
  • 8 toneladas de alimentos
  • 3 toneladas de ração pet

O Centro de Acolhimento Humanitário (CAH), localizado na Avenida Nestor de Moura Jardim, 1155, segue à disposição da população, inclusive aos finais de semana. O telefone da Central de Doações é (51) 99483.5556.



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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895