Cheia na Fronteira-Oeste ainda deixa moradores fora de casa

Cheia na Fronteira-Oeste ainda deixa moradores fora de casa

São 11 famílias em São Borja e nove em Uruguaiana desalojadas pela elevação do rio Uruguai

Fred Marcovici

Rio Uruguai continua subindo em Uruguaiana

publicidade

A quinta-feira de sol na Fronteira-Oeste contribuiu para a preparação de retorno dos moradores prejudicados pela cheia. Em São Borja, segundo o secretário de Infraestrutura, Damião Ribas, há 11 famílias ainda fora de casa no perímetro urbano, sendo três delas abrigadas no Ginásio Municipal Cleto Dória de Azambuja e as demais alojadas na casa de parentes. O rio Uruguai no município atingiu nesta quinta 8,50 metros de elevação, mas já está baixando. Outras três famílias ficaram ilhadas no Distrito do Rincão de Sant’Ana, porém optaram por permanecer no local até o volume descer. Ribas diz que, se mantidas as condições climáticas, na tarde desta sexta-feira deverá acontecer o retorno às moradias, que passarão por higienização. 

Em Uruguaiana, conforme o coordenador da Defesa Civil, Paulo Woutheres, o rio Uruguai subiu na madrugada desta quinta e atinge 8,63 metros. Nos bairros Santo Antônio e Mascarenhas de Moraes, com a elevação do rio, seis famílias estão na casa de parentes ou em barracas montadas próximo às moradias e outras três se abrigaram no Centro Esportivo Zona Leste. No Mascarenhas de Moraes, uma casa volante foi deslocada para um ponto mais elevado. Gado e ovelhas de pequenas propriedades ribeirinhas em área urbana foram retirados para pastagens fora do alcance da água. A Secretaria de Infraestrutura Urbana faz limpeza nos bairros Mascarenhas e São João para evitar problemas sanitários, já que o rio ainda pode afetar essas áreas.   

Em Itaqui, de acordo com o coordenador da Defesa Civil, Márcio Viécili, o rio Uruguai começou a voltar ao nível normal, medindo 8,50 metros nesta quinta. As cinco casas volantes removidas para áreas mais altas do entorno podem ser colocadas de volta ainda nesta quinta. Desde a cabeceira as águas começam a ceder rapidamente, conforme o coordenador.  


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895