Cigres amplia e otimiza a estrutura de recebimento e separação do lixo em Seberi

Cigres amplia e otimiza a estrutura de recebimento e separação do lixo em Seberi

Consórcio recebe resíduos de 31 municípios

Agostinho Piovesan

Em todos os setores do Cigres foram realizadas melhorias

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A partir de uma gestão que otimizou gastos e buscou recursos federais, através do programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Consórcio Intermunicipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Cigres), localizado em Seberi, no Norte do Estado, garante melhorias na estrutura de recebimento e manejo dos resíduos recolhidos em 31 municípios.

Segundo o presidente do consórcio, prefeito de Pinhal, Edmilson Pedro Pelizari, os R$ 4,9 milhões recebidos do governo federal garantiram a aquisição de 10 caminhões, sendo quatro caminhões coletores-prensa e seis caçambas. “A partir da compra dos caminhões de coleta, o Cigres fica mais perto da meta de colocar em prática um sonho antigo, ou seja, assumir o recolhimento dos resíduos em toda a região, o que aumenta a renda do consórcio e diminui os custos dos municípios, os quais, atualmente, tem o compromisso de recolher e transportar os resíduos gerados em suas localidades até o Cigres”, observa. “Se tudo ocorrer como planejamos, a coleta do lixo na região estará nas mãos do consórcio, o que se constituirá num avanço extraordinário”, avalia Pelizari. Atualmente, o Cigres recebe 55 toneladas diárias de lixo doméstico e o número de funcionários chega a 80.

Segundo a direção do consórcio, as ações de reestruturação e modernização iniciaram com a instalação de um sistema de videomonitoramento, através do qual é possível acompanhar todos os setores. A área de circulação dos caminhões recebeu pavimento asfáltico. No pavilhão de triagem de máquinas foi reformada a parte elétrica, a antiga esteira foi substituída por uma nova, as paredes internas foram revestidas e o espaço interno coberto foi higienizado.

O engenheiro ambiental e sanitarista do Cigres, Carlos Eduardo Balestrin Flores, disse que a montanha de aterro próxima aos pavilhões foi desativada e ao lado está em operação o novo local onde são depositados os rejeitos. “Adiantamos que a estimativa é que o novo aterro, também chamado de célula, tenha vida útil de três anos e oito meses e, além disso trabalhamos no sentido de obter autorização para abrir outras duas células”, afirma.

Projetos sustentáveis

Se depender da lista de projetos que o Cigres pretende executar, o espaço seguirá sendo um canteiro de obras pelos próximos anos. Um deles é construir uma estação de tratamento para receber o líquido gerado pela decomposição dos materiais do aterro. Flores disse que o chorume possui potencial de contaminação 400 vezes maior do que o esgoto e atualmente o líquido é canalizado para lagoas de tratamento, que ficam no território do Cigres. Apesar de o material passar por tratamento biológico, a ideia é avançar ainda mais. “Trataríamos esse material quimicamente, o que é muito mais eficiente e aí teríamos como produto água limpa, que vamos usar para limpar o piso, lavar equipamentos, por exemplo”, destaca o engenheiro.

A direção do consórcio anunciou que outros projetos inovadores estão em estudo, como a proposta de instalação de painéis solares para geração de energia e a construção de um novo espaço, que abrigará uma máquina de lavagem das sacolinhas. O produto, que atualmente é descartado, passará a ser lavado, organizado e transformado em pequenas esferas. “Esse serviço já funcionava, mas a máquina não estava no local adequado e as sacolas lavadas serão transformadas em bolinhas de plástico, material que vai ser comercializado para empresas interessadas no produto”, informa o presidente Edmilson Pedro Pelizari.

 


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