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Com 20% das ruas asfaltadas ruins ou péssimas, Porto Alegre sofre com o excesso de buracos

Levantamento das condições asfálticas feito pela SMSUrb deve ser concluído até o próximo dia 7, quando será apresentado pela pasta

Buracos nas ruas e avenidas de Porto Alegre | Rua Demétrio Ribeiro
Buracos nas ruas e avenidas de Porto Alegre | Rua Demétrio Ribeiro Foto : Camila Cunha

O excesso de buracos preocupa motoristas e causa inúmeros problemas em Porto Alegre. Não é difícil consultar aplicativos de mapas ao vivo e constatar as informações, publicadas por condutores, a respeito das perturbações no asfalto, e que, não raro, estão localizadas em áreas bastante movimentadas da cidade. Em quatro pontos visitados pela reportagem, entre milhares de outros, a pavimentação está deteriorada, com desníveis ou ondulações.

A Capital tem, desde agosto de 2024, o Sistema de Gestão Integrada de Pavimentos de Porto Alegre (Gipav-POA), que utiliza inteligência artificial para mapear a qualidade dos pavimentos nos mais de 3,4 mil quilômetros de vias da cidade. O projeto é da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) e, segundo a pasta, já mapeou aproximadamente 819 dos 869 quilômetros das vias asfaltadas.

A previsão é terminar este mapeamento até o próximo dia 7, quando os resultados serão apresentados em coletiva de imprensa. Conforme a SMSUrb, 15,83% das vias analisadas até o momento estão em ótimo estado, ou 129,7 quilômetros, enquanto 37,35% estão em estado bom (305,9 quilômetros). Regulares são 26,92% (220,5 quilômetros), ruins 12,25% (100,4 quilômetros) e em péssimo estado, 7,65% (62,6 quilômetros).

Portanto, somando o ótimo, bom e regular, 80,1% das vias estão nesta situação; enquanto 19,9%, ou ainda um a cada cinco quilômetros, ruins ou péssimas. Na rua José do Patrocínio, bairro Cidade Baixa, há um grande buraco, cujo desvio é difícil, demandando, assim, cuidado por parte dos motoristas. O problema é maior na rua Prof. Freitas e Castro, na Azenha, com um desmanche do pavimento em uma larga área, de mais de um metro de extensão, inclusive com a presença de britas soltas.

Na avenida Ipiranga, na altura do Planetário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no sentido em direção à orla, além do buraco, há trincas no asfalto, o que pode indicar um eventual aumento do problema futuramente. Na rua Demétrio Ribeiro, quase esquina com a rua Espírito Santo, no Centro Histórico, o buraco é tão profundo que a passagem dos veículos chega a provocar um alto estrondo nas proximidades, e, em muitas ocasiões, não é possível reduzir a velocidade antes da queda no rombo asfáltico.

A respeito dos casos específicos, a SMSUrb informou que, com exceção da Prof. Freitas e Castro, os demais três são de sua alçada. O órgão disse que repassou as situações para a programação de conservação de vias. Quanto ao buraco na via do bairro Azenha, trata-se de um afundamento de pista, sob responsabilidade do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O Dmae, por sua vez, disse ter identificado perto do número 300 da via um buraco sobre o coletor pluvial, e que encaminhou a questão para o setor competente.

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