Comitê Popular em defesa do Hospital Centenário é reativado em São Leopoldo

Comitê Popular em defesa do Hospital Centenário é reativado em São Leopoldo

Decisão ocorre após governo do Estado anunciar corte e recursos a hospitais da região metropolitana

Comitê foi reativado em São Leopoldo

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Após o Governo do Estado anunciar o corte de recursos enviados aos hospitais da região metropolitana, a Câmara de Vereadores de São Leopoldo realizou nesta segunda-feira, uma reunião para reativar o Comitê Popular em Defesa do Hospital Centenário. O evento, promovido pela presidenta da Casa, vereadora Ana Affonso (PT), organizou uma mobilização de vereadores, representantes de instituições e a comunidade em geral em defesa da saúde pública. 

De acordo com Ana, é indispensável reativar o Comitê para lutar contra o corte no repasse de recursos pelo governo estadual ao Hospital Centenário, através do programa “Assistir”. “A Região Metropolitana é a que está sendo afetada drasticamente com estas perdas. Estamos diante de um cenário que pode significar uma verdadeira tragédia na saúde pública. Em 2017 nós defendemos e mostramos a força da comunidade em defesa do Centenário. Agora, mais uma vez, estaremos novamente defendendo o SUS e os atendimentos aos que mais precisam”, destaca.

Para a presidenta da Fundação Hospital Centenário, Lilian Silva, apesar dos cortes, o Hospital Centenário continua sendo um hospital regional, com emergência de portas abertas, diferente da rede privada que é eletivo, de um hospital de pequeno porte que não recebe ambulância. “Estes hospitais pequenos estarão recebendo dinheiro, mas ao mesmo tempo, não terão um aumento de responsabilidades. Já os hospitais que perdem recursos, continuam com a mesma responsabilidade. Nós iremos perder uma quantia importante,mas a população referenciada continua a mesma, nós não temos um número menor de pacientes para atender e não teremos menos responsabilidades, nem atenderemos menos especialidades”, comentou.

Conforme o secretário Municipal da Saúde, Marcel Frison, o programa “Assistir” vai tirar dinheiro dos hospitais públicos para investir nos privados, sem aumentar as responsabilidades de atendimento deles. “Por que nós estamos nessa briga se, tecnicamente, nós somos os menos prejudicados? Primeiro, porque nós entendemos que o governo do Estado tem uma dívida conosco, de 500 milhões de reais. Segundo, porque nós não vivemos em uma ilha e se os hospitais da região fecharem, isto vai significar um impacto brutal de pressão sobre o Hospital Centenário. Além disso, nós também dependemos de outros hospitais para atender algumas especialidades e, com este programa, o governo realoca o dinheiro mas não altera os hospitais referenciados”, salienta.


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