Como seria o impacto se a cheia de 1941 ocorresse hoje em Porto Alegre
Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs estima que mais de 140 mil pessoas seriam atingidas
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Se uma cheia igual a que ocorreu em 1941 em Porto Alegre, a maior da história da Capital, ocorresse atualmente, estima-se que mais de 140 mil pessoas seriam atingidas, além de mais de 77 mil domicílios e quase 64 mil edificações. Esses dados são apontados por estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), elaborado ainda em 2023 por Iporã Possantti, doutorando do IPH, e divulgado nesta sexta-feira.
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Seriam, de acordo com a publicação, 35 bairros atingidos pelas águas considerando o cenário de 1941 em 2024. Destes, o Sarandi, na zona Norte da Capital, teria cerca de 23,8 mil pessoas impactadas, seguido por Farrapos (16,9 mil); Menino Deus (16,7 mil); Humaitá (13,1 mil); e Belém Novo (7,2 mil). O último bairro da lista é Lageado, na região Sul, com duas pessoas possivelmente atingidas.
Cenários de inundação
O autor do estudo elaborou um mapa interativo ilustrando os cenários de inundação reais e potenciais, identificados pelas manchas na imagem, caso o sistema de proteção contra as cheias não existisse ou entrasse em colapso.
Em nota técnica, o doutorando explicou que os mapas foram elaborados “a partir das cotas da base altimétrica contínua de Porto Alegre, considerando um plano horizontal” e que “mudanças no escoamento e da direção do vento podem causar diferenças substanciais (até de 1 metro) entre a zona Sul e a zona Norte de Porto Alegre.”
Estudo projeta impactos da enchente de 1941 em 2024 na capital gaúcha | Foto: IPH (Ufrgs) / Reprodução / CP