Correios priorizam envio de alimentos e remédios ao RS por determinação do Governo Federal

Ocorreu nesta sexta-feira a 14ª reunião da Sala de Situação, criada pela Presidência da República para tratar sobre a crise climática no Rio Grande do Sul. Na ocasião, foi determinado que os Correios priorizem o envio de remédios e alimentos ao Rio Grande do Sul. O transporte aéreo desses itens também será priorizado pela Força Aérea Brasileira.

Segundo o Governo Federal, a expectativa é entregar 700 toneladas de alimentos nos próximos dias. Durante a reunião, que é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, o ministro Rui Costa orientou que o processo de distribuição desses itens ocorra de forma mais descentralizada. Para isso, os Correios devem encaminhar os donativos diretamente aos diversos municípios atingidos pelo desastre climático.

Ainda de acordo com o governo, a finalidade é que a entrega seja acelerada e capilarizada, sem obrigatoriamente ter que passar por Porto Alegre para posterior distribuição. Também foi acordado durante a reunião que as autoridades intensificarão pedidos de doações de alimentos neste momento.

O presidente dos Correios, Fabiano Silva, reafirmou que a empresa fará ajustes de logística. “A equipe dos Correios agora consegue atuar em novas áreas no estado e já estamos priorizando a descida de alimentos não perecíveis. Agora, vamos avançar com as entregas diretamente em outras regiões e municípios, sem ter que fazer estocagem na capital”, afirmou.

“A prioridade até terça-feira (28/05) será a distribuição de alimentos e medicamentos. O nosso objetivo é que os alimentos cheguem a quem precisa com ainda mais rapidez. Após zerar o envio desses itens que estão nos postos de distribuição, vamos focar no envio de cobertores e colchões, tendo em vista a queda de temperatura no Rio Grande do Sul”, sinalizou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Ações do Governo Federal no RS:

Força Aérea Brasileira (FAB):

• Nesta sexta-feira, a FAB alcançou um total de 2 mil horas de voos, tendo realizado mais de 6.400 resgates aéreos no Estado desde o início das enchentes.
• Atualmente, são 48 aeronaves militares nas ações de apoio e outras 80 aeronaves, de diversas agências.
• O trabalho dos 22 mil militares brasileiros mobilizados para atuarem no Rio Grande do Sul já resgatou mais de 70 mil pessoas e inclui outras operações táticas, como o apoio em comunicações, a coordenação das agências de transporte aéreo, marítimo, terrestre e ferroviário de pessoal, material e donativos, a desobstrução de vias e retirada de entulho, o patrulhamento em áreas de infraestruturas críticas, entre outras ações.

Repasse de verbas aos municípios:

• O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional recebeu e aprovou 371 planos de trabalho, de 199 municípios, que representam o repasse de R$ 286 milhões.
• Desse valor, R$ 135 milhões foram especificamente para a assistência humanitária e já foram repassados aos municípios. Esse valor é aplicado, principalmente, para garantir ações emergenciais previstas e executadas pelos órgãos municipais de Defesa Civil.

Ministério da Saúde:

• Para o atendimento em saúde da população afetada, estão em funcionamento 11 hospitais de campanha, instalados pelo Ministério da Saúde e Ministério da Defesa. 10.700 atendimentos já foram realizados pelas equipes.
• Pelo Centro de Operações das Forças Armadas, 21.391 pessoas foram vacinadas em abrigos.
• Além do atendimento nos locais, os profissionais de saúde realizam remoções aéreas e atendimentos em unidades móveis. Os hospitais funcionam em Estrela, Eldorado do Sul, Canoas, Guaíba, São Leopoldo, Porto Alegre e Rio Grande. O 12º hospital deve entrar em funcionamento na próxima semana.