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Especial

CPI segue investigações sobre seis mortes ocorridas em hospital de Campo Bom

Suposta falha no sistema de distribuição de oxigênio teria provocado os óbitos

CPI busca investigar a suposta falha no sistema de distribuição de oxigênio | Foto: Daniela Moraes / Prefeitura de Campo Bom / Divulgação / CP

Vinte e um dias após uma suposta falha no sistema de distribuição de oxigênio no Hospital Lauro Reus, de Campo Bom, ocasionar a morte de seis pessoas, os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta na Câmara Municipal de Vereadores, segue a apuração do incidente, formalizando intimações e agenda de depoimentos. 

Segundo o presidente da CPI, o vereador Jerri Moraes (MDB), a comissão tem se reunido toda a semana. “Estamos lidando com um tema muito delicado. Todos os passos da CPI precisam ser precisos e a nossa atuação é muito responsável”, detalha. “A partir da próxima quarta-feira, vamos começar a ouvir as pessoas envolvidas. Serão três nessa primeira audiência e nas próximas semanas devem ser quatro depoentes por encontro”, acrescenta Jerri. 

Além da audiência do dia 14, estão previstas novas oitivas para os dias 20 e 22 de abril. As intimações já foram entregues aos depoentes. “Os nomes de todas as pessoas que serão ouvidas pela CPI permanecerão em sigilo, assim como as informações que necessitam ser preservadas durante o andamento dos trabalhos. Assim que o relatório estiver pronto, será levado a plenário e os parlamentares poderão se pronunciar de forma pública como acharem necessário”, finaliza Moares. 

Suposta falta de oxigênio 

Instalada na sessão de 22 de março e com a primeira reunião realizada no dia 24, a CPI tem prazo de 90 dias para ser finalizada, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias. Na manhã da sexta-feira, 19 de março, supostos problemas no sistema de abastecimento de oxigênio do Hospital Lauro Reus ocasionaram a falta do suprimento em diversos setores da casa de saúde e teriam sido um dos fatores que ocasionaram o óbito de seis pacientes que estavam internados em tratamento contra a Covid-19. 

Conforme nota técnica divulgada pelo hospital, no período entre 8h10 e 8h40 da sexta-feira, 26 pacientes estavam em ventilação mecânica na UTI e Emergência. Ainda segundo o informativo, não houve em momento algum falta de oxigênio aos pacientes, devido à rápida ação da equipe assistencial, que acionou imediatamente o Plano de Contingência - em decorrência de uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio (O²) que durou aproximadamente 30 minutos. 

A Polícia Civil e o Ministério Público também investigam o caso e estão apurando se uma sétima morte no mesmo dia tem ou não relação com o problema. O órgão aguarda o relatório técnico da Air Liquide para determinar o que causou o problema na distribuição. 

O MP quer saber se houve desabastecimento, a causa do acionamento das baterias, motivos pelos quais as baterias reservas não foram acionadas corretamente, a quem foi dado treinamento para acioná-las, se foi feito abastecimento, como se dá o monitoramento dos tanques por telemetria, quando a empresa foi acionada para o reabastecimento dos tanques que esgotaram, datas e volumes dos abastecimentos dos últimos três meses. 

Ao hospital, o MP solicitou o nome dos funcionários, quem era o engenheiro responsável, quem fazia o controle no dia. Ambos pedidos estão dentro do prazo.

Hospital colabora na investigação 

Em nota, a direção do Hospital Lauro Reus informou que tem prestado todos os esforços para colaborar com as autoridades competentes, bem como com as instituições sobre todo e qualquer fato necessário.

"O hospital segue atendendo acima da capacidade operacional, assim como os demais no Estado e no País e, como medida para evitar aglomerações e maior fluxo de pessoas nas unidades, mantém contato diário com familiares de parentes internados e também através de boletins informativos entre as equipes", diz o comunicado. 

 

Stephany Sander