Defesa Civil de Gramado contabiliza mais de 1,2 mil pessoas fora de casa em áreas com risco de colapsar

A Prefeitura de Gramado, na serra gaúcha, contabiliza mais de 1.261 pessoas fora de casa em razão de residirem em áreas consideradas de risco, com a possibilidade de deslizamento ou colapso. Destes, 966 estão abrigados nas casas de familiares e amigos e outros 295 estão acolhidos em pontos disponibilizados pelo Município, como na Escola Julita Tissot, no Pavilhão da Igreja São José Operário, na Sociedade Moreira e na Sociedade Linha Furna.

A cidade mantém 16 áreas com alerta máximo de evacuação e ao menos quatro pontos de monitoramento permanente. São eles, bairro Três Pinheiros, Piratini, Loteamento Orlandi e Condomínio Alphaville. Já foram confirmados sete óbitos em decorrência do acumulado de chuva (seis na Linha Pedras Brancas e 1 na Linha Quilombo). Atualmente existe ao menos nove estradas totalmente interditadas.

Nesta quarta-feira, servidores da Prefeitura e da Defesa Civil intensificarão os trabalhos de análises técnicas nas localidades Caboclo, Moreira, Lageana, Pedras Brancas e São Roque, avaliando as estruturas das residências e o comportamento do solo. O número de áreas atendidas foi ampliado de 146 para 148. Na terça-feira técnicos da Prefeitura se reuniram com representantes da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para tratar sobre o restabelecimento do sistema e a manutenção da rede.

A companhia informou que os trabalhos na adutora foram concluídos e que o abastecimento de água em toda a rede deve ser normalizado entre hoje e amanhã. Também foi analisado um novo traçado para a rede de água que abastece o setor norte de Gramado (bairros Av. Central, Moura, Dutra, Carniel e parte da região central), já que as rupturas registradas na Rua Emílio Leobet estão afetando as estruturas.

O prefeito Nestor Tissot participou de uma reunião on-line, na terça-feira, com o Ministro do Turismo, Celso Sabino, com o propósito de apresentar ao Governo Federal as principais necessidades de Gramado após o evento climático que atingiu todo o Estado do Rio Grande do Sul. Tissot elencou as dificuldades enfrentadas pelo setor turístico, bem como a necessidade da execução de diversas obras para recuperar a infraestrutura de alguns bairros e do interior do município. “Até este momento estamos trabalhando para preservar vidas e atender aos necessitados. Mas já precisamos projetar a retomada econômica de forma imediata”, comentou o prefeito.

Segundo ele, diversas secretarias estão envolvidas nos trabalhos de reconstrução, mas também em ações de análise técnica, apoio aos desabrigados e retomada do turismo. “Estamos firmes e trabalhando com toda força para atender nossa população. É uma construção diária que está contando com o trabalho sério de toda a equipe de governo”, garante.

ESTRADAS INTERDITADAS:

Rua Gil (Vila Suiça);

Rua Guilherme Dal Ri (Piratini);

Rua Henrique Bertoluci (Floresta);

Estrada da Linha Moreira;

Estrada Professora Elvira Apolo Benetti (acesso Linha 28);

Estrada Linha Pedras Brancas;

Estrada do Morro do Arame;

Perimetral (ligação entre as RS’s 115 e 235);

Estrada José Bergamo Filho/em direção ao Moreira.

ÁREAS EVACUADAS:

Bairro Três Pinheiros, Rua Henrique Bertoluci (Piratini), Rua Guilherme Dal Ri (Piratini), Condomínio Alphaville (Bavária), Rua Getúlio Vargas (Piratini), Edifício localizado na ladeira das Azaleias (Planalto), Edifício localizado próximo ao Parque Knorr (Centro), Altos da Viação Férrea, Rua Dr. Carlos Nelz (Centro), Rua Nelson Dinnebier (Piratini), Loteamento Orlandi (Várzea), Linha Quilombo, Serra Grande, Estrada do Moreira, Linha Bonita e Morro Redondo.