Com 56 residências demolidas até o momento dos lotes 1 e 2 no conjunto das vilas Cobal, Areia, Tio Zeca e Voluntários, em Porto Alegre, para a continuidade das obras da nova ponte do Guaíba, o trabalho deve prosseguir nos demais assim que houver o repasse de recursos do governo do Estado para a Prefeitura no âmbito do programa Estadia Ponte, disse nesta terça-feira o secretário para a Reconstrução do Rio Grande do Sul pelo governo federal, Maneco Hassen.
De acordo com ele, faltam apenas detalhes burocráticos para isto, e a expectativa é de que o primeiro pagamento aos beneficiários, via Departamento Municipal de Habitação (Demhab), ocorra em 10 de novembro. O convênio entre Estado e município foi assinado no começo deste mês no Palácio Piratini, no valor de R$ 9,9 milhões de recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
Pelo Estadia Ponte, são destinados até R$ 1 mil por família por um período de 12 meses, renovável por igual período, às famílias residentes na área diretamente impactada pela obra, e que ainda não foram contempladas pelo Compra Assistida, do governo federal. “Houve um pequeno travamento por parte do Estado, demorou um pouquinho até a assinatura do convênio, mas isto foi assinado e a Prefeitura vai viabilizar o auxílio diretamente para as famílias, aumentando o ritmo de retirada delas da área de ocupação”, comentou Maneco.
Demolição de casas na vila Voluntários, no bairro Farrapos, para a conclusão da nova ponte do Guaíba
A área foi dividida em 16 lotes, que aos poucos estão sendo desocupadas, à medida em que as famílias recebem condições para se mudarem via programas assistenciais. Conforme a Prefeitura, foram identificadas 828 moradias na área como um todo. Assim que ocorrem as retiradas, há uma ocupação por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para evitar o retorno das famílias.
Maneco disse ainda estimar que todas elas estejam realocadas e a área esteja limpa no início do ano que vem. Já o Compra Assistida está com bons avanços, salientou o secretário, com 6.661 famílias já na casa nova, ou seja, com contratos assinados, dos quais 3.314 são em Porto Alegre. A previsão inicial, considerando todo o Rio Grande do Sul, era de 2,5 mil imóveis. Em processo de contratação, faltando apenas a assinatura, são 868 no Estado, dos quais 295 são na Capital.
A maioria das pessoas beneficiadas com o programa permanece na mesma cidade em que residia antes, salientou Maneco, mas um “número expressivo” se desloca. Alguns retornam para a sua cidade de origem, outros procuram cidades maiores, saindo do interior para a região Metropolitana), enquanto há famílias, como casais de aposentados, que estão comprando em regiões litorâneas.