Deputados e entidades pedem a inclusão da duplicação da ERS 118 no Plano Rio Grande

Deputados e entidades pedem a inclusão da duplicação da ERS 118 no Plano Rio Grande

Pedido é justificado pela rodovia desempenhar um papel importante durante a catástrofe climática de maio, quando se constituiu no único caminho rodoviário possível de acesso à capital

Fernanda Bassôa

O trecho da ERS 118 consta no projeto de concessão de rodovias do Bloco 1

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O Movimento ERS 118 Sem Pedágio, com apoio de deputados gaúchos, protocolou junto à Casa Civil do Governo do Estado, ofício solicitando a inclusão das obras de duplicação da ERS 118 no Plano Rio Grande (Programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Estado do Rio Grande do Sul), utilizando recursos do Fundo do Plano Rio Grande, o Funrigs.

No documento, eles justificam o pedido pelo papel da rodovia durante a catástrofe climática de maio, quando se constituiu no único caminho rodoviário possível de acesso de entrada e saída da capital gaúcha. “Durante a catástrofe climática, a ERS 118 foi a principal via durante aquele período difícil, constituindo-se, dessa forma, em um verdadeiro Corredor Humanitário, possibilitando a ligação de Porto Alegre com o Estado e com o país”, afirmou a deputada Stela Farias

A duplicação da ERS 118 em aproximadamente 16 km, entre os municípios de Alvorada e Viamão, é orçada em aproximadamente R$ 140 milhões. O documento aponta como fonte de recurso as reservas financeiras do Fundo do Plano Rio Grande, que segundo a projeção dos valores de postergação da dívida para com a União, apresentada pelo Governo do Estado, deverá chegar a R$ 13,9 bilhões. O documento foi assinado por parlamentares de diferentes partidos, federações e entidades empresariais da Região Metropolitana.

A Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha informou que o trecho da ERS 118 consta no projeto de concessão de rodovias do Bloco 1, que contempla estradas das regiões Metropolitana, Litoral e Serra. Entretanto, esclareceu ainda que novas análises, após enchentes ocorridas no Estado, estão sendo feitas no Bloco 1. Após a conclusão, os estudos serão apresentados à população e o edital será publicado. O objetivo é que a iniciativa privada administre e promova todas as obras necessárias para garantir e manter a segurança e a fluidez nas estradas.

Durante a enchente, as concessionárias que administram as rodovias estaduais foram exemplo de agilidade nas obras de reconstrução. As rodovias do Bloco 3 (Vale do Caí e Serra Gaúcha), administradas pela Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) foram liberadas em 15 dias após as chuvas. Já a RSC-287 (trecho Tabaí, Santa Maria), da Rota de Santa Maria (Grupo Sacyr), foi mais afetada e teve sua liberação em 30 dias. O Bloco 1 é composto pelas rodovias ERS-010 (nova estrada a ser implementada), ERS-020, ERS-040, ERS-115, ERS-235, ERS-239, ERS-446 e ERS-474.


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