Dmae fará operação com “supersugadores” para resolver alagamento em via da Capital

Dmae fará operação com “supersugadores” para resolver alagamento em via da Capital

Entroncamento na zona Norte é um dos últimos pontos que ainda registra alagamentos; Trensurb rejeitou proposta para prefeitura assumir casa de bombas

Correio do Povo

Força-tarefa para limpeza de área nas proximidades do túnel da rede metroviária iniciou na última semana

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Uma força-tarefa segue atuando na limpeza de um dos últimos pontos de Porto Alegre que ainda sofrem com alagamentos na zona Norte. Desde a última semana, equipes do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Dmlu) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (Eptc) auxiliam a Trensurb na limpeza do terreno pertencente ao governo federal onde está localizada a casa de bombas da empresa metroviária e as vias nos arredores, que ficaram mais de 70 dias submersas após a enchente de maio.

Conforme o Dmae, a força-tarefa iniciará nesta terça-feira a utilização de equipamentos chamados de “supersugadores” para intensificar a limpeza da rede de drenagem da região. Esse serviço deve permitir que a água volte a escorrer normalmente pela rede, que está com resíduos decorrentes da enchente. A expectativa do departamento é resolver definitivamente o problema dos alagamentos naquele entroncamento.

No entroncamento da avenida Sertório com a rua Voluntários da Pátria, ao menos duas equipes atuam com caminhões e máquinas de hidrojato para retirar o lodo acumulado na alça de acesso que ficou submersa. O relato dos servidores que atuam no local é que, quando a casa de bombas da Trensurb, que é mantida por geradores, é desligada, parte da água que havia sido escoada anteriormente retorna para a via, dificultando o processo de limpeza.

Já dentro do terreno, uma retroescavadeira atua na retirada dos bancos de areias que se acumularam sobre os trilhos da Trensurb, próximo do acesso ao túnel da rede metroviária. Antes escondidos por bancos de areia de quase 2 metros de altura, os trilhos já começam a reaparecer. Os resíduos retirados da rede estão sendo levados inicialmente para um local ao lado da casa de bombas, de onde são repassados para caminhões caçamba.

Além disso, o Dmae comunicou que a proposta feita à Trensurb para que a prefeitura assuma a gestão da casa de bombas localizada no terreno do governo federal não foi aceita pela empresa. Já a EPTC reforçou que a liberação do trânsito é feita apenas quando não há nada que interfira na segurança de motoristas e pedestres.
A Trensurb confirmou a negativa de ceder a casa de bombas à prefeitura e informou que a previsão é de finalizar a limpeza da bacia metroferroviária até o final desta semana. Além disso, a empresa ressaltou que, apesar de contribuir com a drenagem da região, as bombas da Trensurb têm como função o esgotamento das águas da linha, não tendo responsabilidade sobre a drenagem das vias no entorno.

“A casa de bombas da bacia metroferroviária é parte integrante dos sistemas da via permanente do metrô, tendo sido projetada e construída especificamente para a drenagem das águas pluviais do sistema metroferroviário da Trensurb e não das vias públicas do entorno, portanto não poderia ser cedida à administração municipal. Além disso, no momento, a Trensurb não tem autonomia para fazer uma transferência desse tipo, cabendo uma eventual decisão sobre isso à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, da Casa Civil”, finalizou em nota.


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