Empresa de coleta de lixo de Caxias inicia fabricação de contêineres à prova de fogo

Empresa de coleta de lixo de Caxias inicia fabricação de contêineres à prova de fogo

Novo contêiner de liga metálica de alta resistência está em desenvolvimento há cerca de um ano

Celso Sgorla

Contêiner feito na própria empresa representa uma economia de quase 50% na comparação com a aquisição de um equipamento que não é resistente às chamas

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Uma solução desenvolvida nos pátios da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) é a aposta para frear o crescente número de ataques criminosos aos contêineres da coleta seletiva de resíduos na cidade. Nos seis primeiros meses deste ano, 110 equipamentos foram incendiados nas ruas da cidade causando um prejuízo de R$ 154 mil aos cofres da empresa. No mesmo período de 2019 foram 64 ataques e o ano encerrou com 202 equipamentos destruídos.

O novo contêiner amarelo, que recebe o lixo reciclável, passa a ser produzido dentro do setor de manutenção da Codeca, onde nasceu  a ideia de fazer o equipamento com ferro.

Atualmente, o contêiner amarelo que tem sua estrutura toda de plástico passará a ser   feito de liga metálica de alta resistência. Em caso de incêndio o dano  no equipamento feito de liga de metálica é  somente externo, na pintura, sem danos na estrutura. Já no caso do contêiner  feito com material de plástico, as chamas acabam  destruindo totalmente o equipamento.

 O contêiner feito na própria empresa representa uma economia de quase 50% na comparação com a aquisição de um equipamento que não é resistente às chamas. A idéia é substituir gradualmente os 1.835 contêineres que fazem pares com os equipamentos verdes da coleta orgânica.

O novo contêiner de liga metálica de alta resistência está em desenvolvimento há cerca de um ano, mas saiu do papel em definitivo há seis meses.

O projeto é o primeiro do recém criado Departamento de Inovação da Codeca que quer aproveitar o conhecimento de seus funcionários e sua estrutura para criar soluções a problemas da empresa. Existem mais dois projetos ainda em estágio embrionário: a confecção de vassouras com material reciclado e um dispositivo para manter o asfalto quente nos caminhões que trabalham na pavimentação.


Correio do Povo
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