Entidades de Caxias entendem que comércio é o setor mais penalizado com fechamento de atividades

Entidades de Caxias entendem que comércio é o setor mais penalizado com fechamento de atividades

Nesta sexta-feira ocorre reunião entre o Gabinete de Crise e diretores de hospitais sobre o cenário das casas de saúde

Celso Sgorla

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A exemplo de outros municípios, o setor do comércio de Caxias do Sul recebeu com preocupação a determinação do Governo do Estado pelo fechamento do comércio não essencial a partir de sábado, 27 de fevereiro, até o domingo, 07 de março.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Renato Corso, reagiu com indignação ao anúncio de mais um período de portas fechadas para o comércio. Segundo ele, mais uma vez, são os pequenos e médios negócios que pagarão a conta da crise sanitária e econômica provocada pela Covid-19.

“Repudiamos de forma veemente essa decisão porque ela é muito injusta e, mais uma vez, penaliza o pequeno comércio, que gera empregos e que tem uma importância social e econômica muito grande no nosso município. Os comerciantes têm feito a sua parte, exigindo o uso de máscara, respeitando o distanciamento e a capacidade de lotação e acabam sendo prejudicados pela falta de consciência de parte da população que quase um ano após o início da pandemia ainda não se deu conta da gravidade da situação. Vimos, recentemente, cenas lamentáveis de praias lotadas, de aglomerações por conta do futebol, do carnaval, de festas clandestinas, e aí numa decisão de cima para baixo quem acaba sendo prejudicado é o comércio”, desabafa Corso.

Já para a presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini a situação é alarmante e é preciso conscientização sobre o acelerado contágio dos últimos dias, que está ocasionando essa sobrecarga no sistema de saúde. Ela também entende que o comércio varejista não essencial está sendo penalizado pelas aglomerações e o desrespeito às regras básicas para conter a Covid-19: “Temos seguido os protocolos de saúde diariamente, no entanto, é preciso que o poder público coíba essas práticas que são resultado do comportamento de uma parte da sociedade”, defende. Idalice também pede para que o poder público concentre forças para efetivar um plano de vacinação.

A presidente do Sindilojas Caxias aconselha os empresários a utilizar os recursos da CCT – Covid, convencionada durante o período de calamidade pública. Banco de horas negativo e adiantamento de férias para funcionários são alternativas do acordo firmado entre o sindicato patronal e o laboral.

A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), que representa os municípios da Serra, defendeu na reunião com o Governo do Estado a continuidade da cogestão e cobrou ações da Secretaria Estadual de Saúde nas regiões onde os números são mais expressivos.

O presidente da Amesne, José Carlos Breda, defendeu que a região mantém a média de internações em leitos de UTI dos últimos meses e que a situação não tem se agravado significativamente, mas se mostrou preocupado com os dados apresentados pelo Governo do Estado. Breda disse que o modelo de cogestão seria a melhor opção, mas afirmou que agora é necessário unir forças para combater o coronavírus e superar o mais breve possível esse momento.

Em Caxias do Sul uma reunião virtual nesta sexta-feira, entre o Gabinete de Crise e diretores de seis hospitais da cidade, apresentará o cenário de todas as casas de saúde.


Correio do Povo
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