Estudo aponta que quase dois terços dos eventos turísticos no RS foram impactados pela enchente

Estudo aponta que quase dois terços dos eventos turísticos no RS foram impactados pela enchente

Levantamento da Setur e UCS mostra que 73% dos atrativos privados e 55% das atrações públicas tiveram danos relacionados a tormenta

Correio do Povo

Parque da Redenção, em Porto Alegre, foi um dos inúmeros atrativos turísticos afetados pela catástrofe

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Um estudo da Secretaria Estadual do Turismo (Setur) e da Universidade de Caxias do Sul (UCS) apontou que 65,6% dos eventos turísticos no Rio Grande do Sul foram afetados de alguma forma devido às enchentes. O levantamento foi direcionado a gestores municipais da área de Turismo, em aproximadamente 45%, ou 227 dos 497 municípios gaúchos. Os dados, divulgados nesta sexta-feira, apontaram ainda que houve danos a, pelo menos, 73,1% dos atrativos privados e 55,5% das atrações públicas gaúchas.

71,2% dos entrevistados apontaram danos em vias de circulação de visitantes e 41,4% em hotéis. Para cada resposta, o gestor deveria atribuir ainda o grau de relevância do impacto, de 0 a 10. Mais da metade, 50,5%, atribuiu qualificações de 8 a 10. “Precisamos mapear e realizar esse diagnóstico do impacto no setor turístico para conhecermos a dimensão do nosso desafio. É com os resultados dessa pesquisa que poderemos conhecer melhor cada realidade e trabalhar de forma mais assertiva para a reconstrução do turismo no estado”, afirmou o secretário estadual de Turismo em exercício, Luiz Fernando Rodríguez Júnior.

Com os resultados definitivos, a equipe técnica da Setur afirmou que irá trabalhar para construir soluções de auxílio ao setor, em diálogo com os setores público e privado para a retomada e revitalização de atrativos, empreendimentos e infraestruturas básicas. Um segundo estudo também foi conduzido, com empresários do setor turístico privado. Quanto a estas atrações, houve quase 600 respostas, e 81% das empresas do segmento relataram redução ou paralisação das operações, com a maioria dos problemas relacionados a acessos, com 71,4%, ou instalações físicas, com 24,3%.

45,5% dos respondentes informou ter tido restrições nas equipes de trabalho e 88,8% afirmaram ter realizado cancelamentos. Ainda quanto às empresas, 38,4% dos 552 que responderam disseram que ainda não estão em operação, enquanto 42,6% estão com operação reduzida. Somente 19% afirmaram estar com a operação normal.


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