Estudo propõe ações contra cheias do Sinos

Estudo propõe ações contra cheias do Sinos

Documento foi apresentado em reunião pública na Câmara de Vereadores de Sapucaia do Sul

Fernanda Bassôa

Levantamento foi apresentado em reunião pública

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O estudo sobre alternativas e projetos para minimização do efeito das cheias nas cidades cercadas pela Bacia do Rio dos Sinos, coordenado pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), foi apresentado nesta segunda-feira, em reunião pública na Câmara de Vereadores de Sapucaia do Sul. O levantamento, conforme o superintendente da Metroplan, Pedro Bisch Neto, tem como principal objetivo entender como o fenômeno assola a Região Metropolitana. “O trabalho é focado em proposições, em um conjunto de avaliações e apontamentos. São propostas de soluções. Não é um plano de obras. A partir da simulação de cenários, apontamos quais as consequências danosas das enchentes.” Segundo o superintendente, não existe projeto executivo e a intenção do estudo não é imediatista. “É um assunto para o futuro.”

O engenheiro Lucas Rangel, integrante do consórcio contratado pela Metroplan e responsável pela apresentação, reforçou a finalidade do diagnóstico visando ações de mitigação dos efeitos da chuva e informou que as análises foram baseadas em estudos hidrológicos, mapas de inundações e interferências do Sinos em áreas urbanas. “Entre as soluções estruturais estão a construção de diques e intervenções buscando melhorias nos canais dos arroios.”
Rangel explicou ainda a que a definição da zona de passagem de cheias depende das condições hidráulicas do escoamento. “As zonas de restrição de ocupação e de baixo risco são escolhidas com base no risco que se deseja assumir na convivência com as enchentes. A mitigação está relacionada ao crescimento da ocupação desordenada. É por isso que o estudo foi feito e pensado a partir de uma atuação integrada entre os municípios.”

O estudo levou em consideração especialmente Sapucaia do Sul (arroio José Joaquim), Esteio (arroios Esteio e Sapucaia), Canoas e Nova Santa Rita. Porém, dados sobre a situação de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga e Portão também foram considerados. O prefeito de Sapucaia, Luis Rogério Link, disse que o município tem muitas áreas ocupadas de forma irregular. “Sabemos da dificuldade de remover famílias da mancha do Sinos e manter esses locais desocupados. O projeto apresentado pela Metroplan é interessante na medida em que traça um diagnóstico para que consigamos resolver a situação das inundações e, no futuro, trabalhar para amenizar as cheias que atingem nossa população mais carente.” 

Correio do Povo
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