Faltam medicamentos para o tratamento da Aids em São Leopoldo

Faltam medicamentos para o tratamento da Aids em São Leopoldo

Além do município, outras 15 cidades apresentam atraso no recebimento dos remédios

Stephany Sander

Unidade atende cerca de 2 mil pessoas de toda a região

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O Governo do Estado deve ser notificado nesta semana, pela Assembleia Legislativa do Estado, devido ao atraso na entrega de medicamentos para o tratamento de paciente com HIV/Aids ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de São Leopoldo e outras 15 cidades. A notificação será feita por meio de moção criada durante audiência realizada na manhã desta quarta-feira pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao HIV/Aids no Rio Grande do Sul. Presente no encontro, o secretário da Saúde de São Leopoldo, Ricardo Charão, afirma que a falta de repasses já ocorre há um ano.

"A Prefeitura de São Leopoldo já notificou, na semana passada, os governos federal e estadual pela demora. Falta gestão de estoque e logística dos medicamentos, uma responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde. Nossa Unidade Dispensadora de Medicamentos atende cerca de 2 mil pessoas de toda a região, pelo SAE. Para minimizar o problema, fracionamos a distribuição, que passou a ser quinzenal e não mais mensal", explica Charão. Segundo a diretora do SAE, Ana Masulo, alguns pacientes chegam a ficar 15 dias sem o tratamento médico. “O Estado não tem expectativa de data. Sem medicação, a imunidade baixa e a carga viral aumenta”, salienta ela.

A Secretaria Estadual da Saúde informou, por meio de nota, que os medicamentos fazem parte do Programa Nacional de Combate à Aids, cuja compra é feita pelo Ministério da Saúde, sendo que são mais de 40 tipo de antirretrovirais e, eventualmente, pode acontecer a falta de algum dos itens. Já o Ministério da Saúde diz que é necessário saber qual medicamento está em falta no Estado para verificar a situação com a área técnica.
 

Correio do Povo
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