Famílias podem solicitar vistorias e avaliação de riscos em imóveis afetados pela água em São Leopoldo
Em menos de 24 horas, mais de 500 pessoas já cadastraram o endereço da residência para avaliação dos técnicos
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Desde sábado, equipes compostas por servidores da Secretaria Municipal de Habitação, Defesa Civil do Município, engenheiros civis e arquitetos da Associação Brasileira de Patologia das Construções (Alconpat Brasil) estão percorrendo os bairros mais afetados pela inundação na cidade de São Leopoldo, realizando vistorias estruturais em casas atingidas pela enchente.
A ação teve início no bairro Campina com uma força-tarefa que se iniciou neste final de semana e envolve mais de 40 pessoas, Durante as vistorias, os grupos avaliam os riscos estruturais nas residências e os danos mais emergentes nos imóveis atingidos pelas águas, como rachaduras, queda de paredes, desabamentos parciais ou totais e destelhamentos.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Habitação, Álvaro Pedrotti, ainda não há como prever o término do trabalho, uma vez que em menos de 24 horas, mais de 500 pessoas já cadastraram o endereço da residência, solicitando avaliação de risco estrutural pelo formulário on-line disponibilizado pela Defesa Civil no site da Prefeitura (https://forms.gle/Rmuo9buspeBK43PH6) e, segundo ele, a demanda tende a crescer nos próximos dias.
Para que as equipes providenciem a análise de danos estruturais nas casas atingidas pela enchente é necessário que a solicitação seja feita através do preenchimento do formulário no link disponível através do site da Prefeitura. Em caso de dúvidas a comunidade pode entrar em contato com a Defesa Civil pelos telefones (51) 99117-8291 ou (51) 98924-7852. A Secretaria Municipal de Habitação estima que 35 mil residências tenham sido acometidas pela maior enchente da história do Município, em que o nível o Rio dos Sinos atingiu a marca de 8,20m, às 05h30 do dia 04 de maio, causando o transbordamento da capacidade do Sistema de Contenção de Cheias afetando mais de 180 mil moradores e deixando 12 mil pessoas estão desabrigadas.
Estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham sido desalojadas em razão dos alagamentos registrados nos bairros Vicentina, Paim, São Miguel, Campina, Scharlau, Jardim Fênix, Rio dos Sinos, Santos Dumont, Vila Brás, Vila Brasília, Jardim Viaduto, Vila Glória, Pinheiro, Independência, São Geraldo, Madezzati, Santa Marta e Centro. Mais de 20 mil leopoldenses passaram por 130 abrigos. Ao todo, 18 escolas municipais, 14 unidades de saúde, 3 CRAS e 11 serviços de convivência da Assistência Social foram afetados. De acordo com a Defesa Civil Estadual, São Leopoldo tem nove óbitos e um desaparecido.