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Familiares e amigos de Kaká, morta em acidente na BR 116, protestam em carreata e pedem por Justiça

A concentração do manifesto aconteceu no Centro de Novo Hamburgo e o ato se encerrou em frente à Delegacia de Polícia de Estância Velha, que apura os fatos

O acidente aconteceu no trecho da BR 116, local conhecido como trecho da morte
O acidente aconteceu no trecho da BR 116, local conhecido como trecho da morte Foto : Fernanda Bassôa / Especial CP

Familiares e amigos de Karine Louise Friedrich, 43 anos, a Kaká, que morreu após colidir a motocicleta Yamaha Fazer vermelha que dirigia contra a Mercedes Benz GLA250, na BR116, na madrugada de 18 de abril, saíram na manhã deste domingo em carreata pedindo por Justiça. A concentração do manifesto aconteceu no Centro de Novo Hamburgo e o ato se encerrou em frente à Delegacia de Polícia de Estância Velha, que apura os fatos. A prima de Kaká, Graziela Sauer Branco explica que o protesto acontece porque a família quer que a justiça prevaleça para todos e pede pela prisão do responsável pela morte de Kaká, que voltava do trabalho naquela noite. O acidente aconteceu no trecho da BR conhecido como trecho da morte, pelo número de registros fatais nos últimos anos.

"Não é o primeiro acidente com morte que acontece envolvendo esse indivíduo que causou a morte de minha prima. Ele já tem a carteira de motorista suspensa e por isso estamos bem revoltados. Consta, inicialmente, no boletim de ocorrência que ele era o condutor. Ele se negou a fazer o teste do bafômetro. Por que não houve o flagrante, se a morte aconteceu? Por que esse homem não está preso? A família está revoltada com tudo isso." Grazi descreve a prima como divertida, brincalhona, parceira, uma pessoa que adorava a vida e disse que ainda não se conforma com forma que arrancaram a Kaká da vida dela.

Amigo da vítima desde o tempo do colégio, Roger Fernando Kafer, conta que ela era uma pessoa incrível de se conviver. "No colégio nós éramos uma dupla dinâmica, os mais arteiros. Depois da formatura, ela acabou indo para Santa Catarina e quando voltou, por coincidência, um pouco antes de eu me casar, ela começou a trabalhar com minha esposa (sem eu imaginar) e quando fizemos a lista de convidados, ela estava na lista. Foi nos reaproximamos."

Ele conta que é um sentimento muito ruim perder alguém desta forma. "Porque quando se trata de uma doença, as pessoas vão se preparando para a morte. Mas quando te tiram uma pessoa de repente, é muito traumático. Vamos brigar para que esta justiça aconteça. Essa morte não pode ficar impune, não do jeito que foi. Não é justo. Estamos aqui para que as autoridades, nos olhem e façam valer a lei."

DELEGADO AGUARDA LAUDO DAS PERÍCIAS

O titular da Delegacia de Polícia de Estância Velha, Rafael Sauthier, disse que o inquérito está bem encaminhado e que aguarda pelas perícias do Instituto Geral de Perícias (IGP). "Fizemos as perícias de engenharia nos veículos, freios, pneus no dia do acidente. Também recolhemos DNA, digitais e agora estou aguardando os laudos. Já ouvi as testemunhas, os romeiros e os policiais que atenderam a ocorrência na data. O médico e a enfermeira, que estavam no carro que bateu na moto, serão os últimos a serem ouvidos. Isso é uma estratégia de investigação até mesmo para serem confrontados com as provas e detectar as contradições. Esta é a lógica da investigação."

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