Governo do RS desenvolverá o projeto para construção que ligará Oeste gaúcho à Argentina

Os prefeitos Marco Aurélio Nedel (Crissiumal), Arlei Tomazoni (Três Passos) e Alceu Diel (Tiradentes do Sul), além de membros da comissão binacional pela construção da ponte Porto Soberbo/El Soberbio, ligando a região Oeste do Estado à Argentina, estiveram no Uruguai nesta segunda-feira. A comitiva foi recebida pela presidente do Parlamento do Mercosul (com sede em Montevidéu), a deputada argentina Cecília Britto.

Para contextualizar o projeto da ponte, a comissão expôs como a construção impactaria nas comunidades locais, abordando as visões para aproveitar esta infraestrutura para o desenvolvimento, assim como possíveis fontes de financiamento para garantir um projeto economicamente viável e sustentável. “Esta iniciativa irá estreitar, ainda mais, as relações entre esses dos povos irmãos. A reunião contou com o embaixador do Mercosul pelo Brasil, o diplomata Antônio Simões, os deputados Celso Russomanno, Carlos Gomes (ambos do Republicanos) e Pompeo de Mattos (PDT), além de representantes brasileiros e argentinos.

Recentemente, prefeitos foram a Brasília falar sobre as obras com Russomanno, que é casado com uma cidadã da região e é vice-presidente do Parlamento do Mercosul. O parlamentar revelou, na ocasião, que a organização internacional disporia recursos à disposição por meio do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) para fazer a obra, desde que um novo projeto fosse desenvolvido.

O governador Eduardo Leite garantiu que o Estado ficará a cargo desta etapa. “O RS vai bancar o projeto, estimado em R$ 5 milhões e a ponte propriamente dita em torno de R$ 25 milhões, com recurso do Focem, ou seja, não depende de emenda parlamentar”, salientou Nedel. O custo da obra será menor do que qualquer outra ponte, pois será feita em um ponto de menor extensão entre as margens do Rio Uruguai e que as obras viárias até as barrancas do rio já estão prontas, em ambos os lados, faltando apenas a ponte.

O próximo passo será a licitação do projeto por parte do governo estadual. “Imaginamos que, se tudo correr bem, dentro de três anos todas as etapas sejam concluídas”, projeta o prefeito de Crissiumal.