Grafite deixa contêineres de lixo mais coloridos em Rio Grande

Grafite deixa contêineres de lixo mais coloridos em Rio Grande

Objetivo é coibir o vandalismo e conscientizar a população para o descarte correto

Angélica Silveira

Cada contêiner recebeu um tema diferente

publicidade

Os 980 contêineres de lixo instalados em Rio Grande, no Sul do Estado, estão mudando gradativamente. Dentro da campanha Cidade Limpa, pelo programa Cultura Na Rua, as unidades estão sendo são retiradas das ruas, grafitadas com desenhos e mensagens sobre o meio ambiente, e devolvidas à comunidade. A atividade também se estendeu aos carrinhos móveis manejados por agentes de limpeza. Além de evitar o vandalismo, a ação objetiva chamar a atenção da população para a importância do descarte correto dos materiais. A ideia de transformar contêiner em arte foi do funcionário da Secretaria Municipal de Controle e Serviços Urbanos e grafiteiro, Gui Gerundo.

Os contêineres estão instalados na zona do Porto, no Centro e na rua Domingos de Almeida, no bairro Cidade Nova. “Estamos tentando, através deste projeto, coibir o vandalismo, na questão da queima proposital ou na quebra por pessoas ou até mesmo pelo caminhão de coleta”, relata o secretário Dirceu Lopes. Cada coletor custa, em média, R$ 2 mil. “É um produto caro e, caso não tenhamos como coibir o vandalismo, a destruição, teremos que voltar ao sistema de coleta de porta em porta, o que é mais lento, então optamos pelo uso da arte”, explica.

Cada contêiner tem um tema diferente, como esporte, por exemplo, o que faz com que dialogue com a cidade. Lopes conta que desde o início do ano, 84 contêineres precisaram ser substituídos no município por causa do vandalismo ou porque foram incendiados. “É um recurso que tivemos que usar para fazer a substituição, mas que poderíamos ter empregado em outras políticas públicas para melhorar a vida do cidadão”, destaca.

Vandalismo também em Pelotas
Já no município vizinho de Pelotas, os 850 contêineres instalados na cidade foram trocados por compartimentos feitos de material mais leve, no início do ano passado, ao custo de aproximadamente R$ 1 mil cada um. Entretanto, somente em 2018, 46 coletores já foram queimados e vandalizados e precisaram ser substituídos por outra unidade. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895