Grito dos Excluídos percorre as ruas da Zona Norte da Capital

Grito dos Excluídos percorre as ruas da Zona Norte da Capital

Evento chamou a atenção para a “vida em primeiro lugar” e foi encerrado com uma partilha de alimentos, com distribuição de mil marmitas

Correio do Povo
Cerca de 200 pessoas iniciaram a caminhada na Praça Navegantes

Cerca de 200 pessoas iniciaram a caminhada na Praça Navegantes

publicidade

Centenas de pessoas participaram da 30ª edição do Grito dos Excluídos, que percorreu ruas da Zona Norte de Porto Alegre na manhã deste sábado. O evento, realizado em meio às celebrações de Independência do Brasil, teve como tema central “A vida em primeiro lugar” e chamou a atenção para questões como emprego, saúde, alimentação, habitação e os impactos das enchentes no estado.

A concentração começou cedo, por volta das 8h30min, na Praça dos Navegantes, reunindo cerca de 200 participantes. O grupo, formado por representantes de movimentos sociais e diversas entidades, seguiu um roteiro que passou por várias ruas da Capital, como a avenida Sertório, a rua Voluntários da Pátria e a rua Frederico Mentz, na Vila Farrapos, onde foi feita a principal reflexão do evento.

Ao longo do trajeto, quatro paradas foram realizadas em locais considerados simbólicos pelo grupo, como a cooperativa Sepé Tiarajú e a unidade de saúde Fradique Vizeu.

Um dos organizadores, Waldir José Bohn Gass falou sobre a importância de priorizar a vida em todas as discussões sociais e políticas. “A dignidade humana deveria estar e deve estar acima de qualquer outro projeto social. O grande questionamento é: quem realmente se importa com a defesa da vida?”, questionou.

O trajeto seguiu até a Praça do Sesi, onde o ato foi encerrado com uma partilha de alimentos. No local, foram distribuídas mil marmitas, tanto para os participantes quanto para a comunidade local. Segundo Bohn Gass, a partilha final reflete o espírito do evento. “A riqueza da terra, tanto a natureza criada como o que é produzido pelo trabalho humano, deveria ser servido e partilhado para que ninguém passe fome, ninguém passe dificuldades”, concluiu.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895