Hospital de Uruguaiana atinge limite da capacidade e estuda novas formas de atendimento

Hospital de Uruguaiana atinge limite da capacidade e estuda novas formas de atendimento

Nota foi divulgada na madrugada deste domingo pela instituição 

Fred Marcovici

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"Ocupação hospitalar em Uruguaiana chegou ao limite”, divulgou, em nota na madrugada deste domingo, a Santa Casa de Caridade. O único hospital da cidade, comunicou à população do município e regional que a instituição atingiu a lotação máxima das duas UTIs destinadas a pacientes da Covid-19 (18 leitos no total), além dos dois leitos de retaguarda. 

A ocupação de 100% da capacidade de atendimento acontece também na UTI-Geral (9 leitos) destinada a outras enfermidades. Portanto, não é possível contar com seu apoio nesse momento. A instituição está adotando medidas extremas para garantir atendimento a novos pacientes. 

O médico pneumologista Luiz Fernando Cibin, responsável pela equipe Covid-19 da Santa Casa de Caridade relatou toda preocupação dos profissionais do hospital com os atuais e futuros pacientes da Covid-19. “Chegamos a um ponto de saturação. As pessoas que deveriam estar em isolamento domiciliar, pelo menos por 10 dias, resistem às orientações e saem de casa sem respeitar as indicações médicas. E os acompanhantes ou moradores da mesma residência, que podem estar infectados, procedem da mesma forma podendo infectar outras tantas pessoas”, disse. 

Ainda de acordo com Cibin, a média de idade entre os casos confirmados da doença está reduzindo. Apenas a equipe da saúde não dará conta de atender a todos. "As festas clandestinas são lamentáveis. É incrível haver pessoas que ainda questionam o uso da máscara e não respeitam o que está sendo dito no mundo inteiro. Dentro do quadro de agravamento podemos passar a oferecer uma assistência inadequada diante a demanda muito superior à capacidade dos profissionais disponíveis. Para quem achava ser brincadeira, alarmismo de televisão ou ser descrente quanto ao vírus, o pior momento é esse. A população deve auxiliar ou a situação vai sair – definitivamente – do controle médico-hospitalar com a falta de material humano", concluiu.  


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