Importância da Defesa Civil é pauta no Menu POA
No evento, organizado pela Associação Comercial de Porto Alegre, diretor da Defesa Civil e Porto Alegre destacou a preparação da comunidade como ação prioritária para eventos de crise
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“Como nos prevenir de novos eventos climáticos” foi o tema no Menu Poa desta terça-feira. No evento, organizado pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), o diretor-geral da Defesa Civil da Capital, Evaldo Rodrigues de Oliveira Junior, e o especialista em epidemiologia dos desastres e resiliência dos sistemas de saúde, Abner Willian Quintino de Freitas, ressaltaram a importância do papel centralizado da Defesa Civil e uma comunidade resiliente.
O diretor da Defesa Civil destacou a preparação comunitária como fundamental e lembrou que prevenção é um tema difícil de tratar e que normalmente a atenção ocorre depois dos eventos, com a mudança de percepção das pessoas sobre os possíveis riscos.
"Não faz parte da nossa memória a enchente de 1941", destacou reforçando a ideia de que houve uma mudança na percepção da população. Para aumentar a credibilidade dos alertas, o coronel da reserva do Corpo de Bombeiros Militar do RS destacou a importância de investimento em equipamentos de monitoramentos. Ele também lembrou os últimos eventos climáticos iniciados em 2023. Em março a estiagem, em junho o ciclone, em setembro as inundações e deslizamentos e as chuvas de novembro, segunda maior enchente de Porto Alegre, até então. E a grande enchente de maio deste ano, com cinco óbitos registrados na Capital.
O diretor observou que todos esses eventos exigiram ações do poder público e destacou que a Defesa Civil de Porto Alegre passou por uma reestruturação e está atuando com novos servidores e equipamentos.
"Nós tínhamos 11 pessoas trabalhando, em uma estrutura física precária, com poucos equipamentos. Hoje, a Defesa Civil de Porto Alegre além de ter uma sede própria, possui equipamentos atualizados e um quaro em expansão. Então, nós temos uma outra realidade de resposta”, afirmou destacando a necessidade de um esforço em conjunto para respostas positivas. “A interação entre poder público e privado é fundamental para antecipar as ações”, conclui. Junior também sublinhou que o 1º Plano de Contingência de Porto Alegre, realizado em 2022, será revisado no segundo semestre com a participação das comunidades para que as percepções de crises possam ser ouvidas.
Abner Willian Quintino de Freitas ressaltou que vivemos um desastre meteorológico. Ele afirmou a necessidade de existir uma infraestrutura mínima para reduzir os danos e, principalmente, uma comunidade resiliente. Freitas afirmou que as mudanças de percepção estão ocorrendo e a prova disso é o maior interesse pelo assunto em diferentes setores. Ele destacou que as respostas aos desastres são um aperfeiçoamento contínuo, e que o grande benefício é entender o papel de centralidade da Defesa Civil.
Freitas observou que estamos vivendo as mudanças climáticas, e que eventos como o ocorrido em maio no Rio Grande do Sul estão recentemente nas pautas de discussões na Europa. “O problema não é falhar, o problema é não saber quando a falha ocorre. Esse é o ponto”, observou.