Médicos da Santa Casa de São Lourenço do Sul paralisaram atividades eletivas
A atitude ocorre em função da não regularização dos honorários dos profissionais de saúde
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Com salários atrasados desde setembro, os médicos que trabalham na Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul paralisaram as atividades eletivas. A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária no dia 13 de novembro pelos em torno de 20 profissionais de saúde.
Nesta segunda-feira, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) anunciou que está oficiando o presidente da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, Cristiano Krüger Altenburg; a Promotoria de Justiça de São Lourenço do Sul, Cristiana Müller Chatkin; ao presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), Eduardo Neubarth Trindade, e ao prefeito de São Lourenço do Sul, Rudinei Härter, que os médicos decidiram, em conjunto, paralisar as atividades eletivas desde o último sábado.
Segundo o diretor da Regional Sul da entidade, Marcelo Sclowitz, a decisão foi tomada em virtude da falta de avanços concretos nas negociações com a administração do hospital. "Eles não apresentaram soluções efetivas para a regularização dos honorários médicos em atraso",observa. Ele confirmou que o pagamento referente ao mês de agosto foi realizado no último dia 13. "O receio dos médicos é de que os atrasos persistam, agravando ainda mais a situação financeira dos profissionais", pondera.
O Sindicato recebeu a informação, neste final de semana, que há notícia de que alguns médicos plantonistas estão recebendo seus honorários regularmente após os plantões, o que gera ainda mais insegurança e insatisfação entre os demais profissionais que permanecem sem previsão de quitação de seus honorários em atraso. "Essa discrepância reforça a necessidade de um diálogo mais claro e eficaz por parte da administração da Santa Casa", pondera.
O diretor da Região Sul reitera que, apesar de não ser o desejo dos médicos, a paralisação foi considerada a única forma viável para mobilizar a administração e buscar uma solução efetiva para a questão. Durante o período de paralisação serão mantidos todos os atendimentos de urgência e emergência, garantindo o suporte necessário aos pacientes em situações de risco iminente de vida. Pacientes que necessitem de atendimentos não configurados como urgência ou emergência deverão ser encaminhados para outras unidades de saúde. Procurada, a direção da Santa Casa ainda não se manifestou sobre a paralisação.